Brasil: um relato de tortura, um documentário dirigido por Haskell Wexler e Saul Landau, teve sua primeira exibição em um cinema brasileiro apenas recentemente, no IMS-RJ. Nas palavras de José Carlos Avellar, o filme “se insere no quadro de um cinema militante, herança direta do maio de 68, de certo modo nada muito diferente dos hoje incontáveis registros feitos em câmeras de celulares, modo indignado e urgente de denunciar e reagir ao estado de coisas”. O documentário é composto por entrevistas com Frei Tito (dominicano que se suicidou em 1974), Maria Auxiliadora Barcelos (acadêmica de medicina que também se matou em 1976), Jean Marc Van der Weid (ex-presidente da UNE) e Nancy Mangabeira Unger, entre outros.
O Instituto Moreira Salles organizou um debate sobre o filme, que contou com a presença do repórter Plínio Fraga (autor da matéria Infância banida, na ZUM #3) e de Francisco Mendes (que estava no Grupo dos 70 que chegou ao Chile), Jean-Marc Van der Weid (ex-presidente da UNE, exilado no Chile e um dos entrevistados em Brasil: um relato de tortura), Jom Tob Azulay (cineasta e diplomata que ajudou a difundir Brasil: um relato de tortura nos Estados Unidos e no Brasil). A conversa teve mediação do jornalista, crítico e pesquisador de cinema Carlos Alberto Mattos. Assista abaixo ao vídeo que registrou o debate:
http://www.youtube.com/watch?v=-OubnEK69X8
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