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A ZUM #3, que será lançada sábado (10/11) em São Paulo, publicou “Penitentes – Dos rituais de sangue à fascinação do fim do mundo”, projeto que Guy Veloso realiza há 10 anos. Além das imagens, pinçadas do arquivo de mais de 10 mil slides, a ZUM teve acesso aos registros pessoais que o fotógrafo paraense fez ao longo desses anos. Aqui, você pode ouvir as ladainhas que os penitentes entoam durante as longas caminhadas em que rezam pelos espíritos dos entes queridos e assistir a vídeos que mostram alguns momentos desses rituais, que se tornam mais raros a cada ano.
http://www.youtube.com/watch?v=85KpBoqbloY
Entre os 131 grupos de penitentes pesquisados por Guy Veloso nas cinco regiões do país, este grupo de Laranjeiras é um dos três que ainda sai pontualmente à meia-noite, seguindo a tradição. Provavelmente por causa do horário, é praticamente ignorado pela população local, o que não costuma acontecer em outros lugares, onde as procissões atraem muitos curiosos. Laranjeiras, Sergipe, 2006.
O matraqueiro não pode faltar às confrarias. A percussão da matraca convoca os penitentes. Laranjeiras, Sergipe, 2002. Foto publicada na ZUM #3
http://www.youtube.com/watch?v=S6nBWryEPJ8
Uma pequena parte dos penitentes pratica a autoflagelação, açoitando o corpo com as disciplinas – cordões de couro com lâminas de metal na ponta. O ritual só termina quando a anágua e o capuz estão totalmente tingidos de sangue. Pilão Arcado, Bahia.
Penitentes de Pilão Arcado com as disciplinas na mão. Bahia, 2005.
Foto publicada na ZUM #3
Clique aqui para escutar o registro das ladainhas entoadas pelos penitentes. O registro capta o grupo comandado por Dona Nenezinha, o mais antigo e tradicional de Juazeiro, também chamado de “Corujão”, por ser último a sair. Depois de anos registrando os rituais, o fotógrafo foi adotado pelo grupo como um membro. Juazeiro-BA.
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