Vi a capa do livro de Madalena na vitrine da Livraria Cultura, mas a livraria estava fechada, o pessoal dorme cedo.
Sempre tive paixão pelas imagens desta mulher, que merece uma biografia…
Por meio de seus retratos iluminou uma época.
Tenho um orgulho imenso de ter sido um dos primeiros a dar trabalho para ela na imprensa.
Uma alegria em ter sido dos primeiros a ver suas fotos.
Ela parecia humilde, pacata, fechada, para dentro.
Tudo para esconder o vulcão que explodia nas fotos.
Ele amava cada fotografado…
Admirava-os.
Condição primeira para captar a essência da pessoa.
Aquela mulher pequena, curvada, que fazia tudo para desaparecer, foi uma das grandes mulheres de seu tempo.
Querendo sumir, aparecia.
Quando trazia uma foto a um editor ela sabia que estava entregando alguns dos maiores portraits que o Brasil tem de seus artistas, intelectuais, políticos, ou homens comuns.
Madalena se foi antes do tempo.
Se bem que eu nao sei o que quero dizer com isso.
Apenas que se ela estivesse por aqui, eu adoraria voltar a editar revista para trabalhar com ela.
* Na imagem que ilustra o post: a fotógrafa Madalena Schwartz (por Conceição Almeida).