Micropolíticas feministas
Carla Rodrigues
05.10.16
No país que tirou uma mulher do poder há tão pouco tempo, eleger com votação tão expressiva três mulheres negras para vereadoras, dar a três mulheres o primeiro lugar para câmaras municipais, não é só uma marca de transformação política, é principalmente a chance de voltar a sonhar.
Nós, os americanos
Carla Rodrigues
21.09.16
Comecei a ver The Americans por indicação de um amigo, e logo me apaixonei pela combinação entre drama psicológico, contexto histórico, suspense e espionagem. Tramas de espionagem sempre me seduziram e sou capaz de suportar inúmeras patriotadas norte-americanas em nome de um bom suspense. Os espiões em The Americans carregam dilemas com os quais também nos confrontamos. Como viver uma vida autêntica, quem eu sou, até que ponto a nacionalidade, a ideologia, o gênero ou mesmo a profissão me define e identifica?
Estas águas, este país
Carla Rodrigues
07.09.16
Não há lugar melhor do que o MAC para uma exposição sobre as águas da Guanabara, suas vidas e suas mortes. Localizado diante da entrada da baía, entre as duas fortalezas que a protegeram nos séculos XVI e XVII – Santa Cruz, do lado de Niterói, e São João, do lado carioca –, é parte do cenário da baía assim como a baía faz parte do museu, com suas janelas envidraçadas exibindo toda exuberância do que se pode chamar de ponto fundador não apenas do Estado do Rio de Janeiro, mas do Brasil como Estado-nação, suas vidas, suas mortes.
Brasil, capital Paris
Carla Rodrigues
29.06.16
Carla Rodrigues comenta dois livros recém-lançados que, à primeira vista, em nada se parecem: A tortura como arma de guerra, da jornalista Leneide Duarte-Plon, e Gênero e trabalho no Brasil e na França, coletânea de artigos organizada pelas pesquisadoras Alice Abreu, Helena Hirata e Maria Rosa Lombardi. Ainda que discutam temas muito distintos. ambos os livros têm em comum o debate das difíceis e intrincadas relações do Brasil com a França, em relação a quem o país ocupa uma posição ambígua.
Salve 2015! (2)
Equipe IMS
28.12.15
A (des)premiação da poesia, o preconceito transformado em orgulho, a Nouvelle Vague no centro da imaginação, as pequenas virtudes nas relações humanas – isso aqui não é, como já foi dito no primeiro capítulo da série "Salve 2015!" – nem lista dos melhores, nem retrospectiva. É um jeito menos aborrecido – e sem falsas alegrias – de se despedir do ano. Tchau!