O jogo da imitação
José Geraldo Couto
25.11.16
À saída de uma sessão de Cazuza – O tempo não para (2004), o que mais se ouvia da boca dos espectadores era: “Incrível como o ator (Daniel de Oliveira) parece uma encarnação do Cazuza”. Com Elis, agora, acontece o mesmo. O filme do estreante Hugo Prata baseia toda a sua eficácia na impressionante semelhança física e gestual entre a atriz Andréia Horta e a cantora retratada.
Sem lenço, sem documento
Equipe IMS
25.07.16
“Tudo que podia ser feito daqui foi feito. Tudo que podia ser feito nos Estados Unidos foi feito. E tudo foi inútil, pelo menos até agora”. É assim que um desolado Augusto Boal comunica à mãe, Dona Albertina, em carta de abril de 1973, os esforços feitos para conseguir, em Buenos Aires, a renovação de seu passaporte. Logo depois o dramaturgo teve o documento concedido, mas dois anos adiante a história seria muito diferente. Exilado na capital argentina desde 1971 com a mulher, Cecilia, e os filhos Fabian e Julian, em 1975, com o passaporte novamente expirado, Boal tentava em vão conseguir sua revalidação.
A estrofe perdida
Alfredo Ribeiro
12.05.16
Visivelmente intrigado com a descoberta – sequer lembrava de ter escrito tal desfecho para a música –, Chico Buarque termina a leitura e permanece em silêncio por uns cinco segundos, sem tirar os olhos da carta. Descongela a imagem coçando atrás da orelha direita como quem cavuca a memória: “Engraçado essa estrofe aqui, que nunca… Sobrou, é, sobrou.” Jamais foi cantada em disco ou show, provavelmente ficaria esquecida para sempre não fosse a exposição no IMS.
Vinicius e as trilhas de novelas – quatro perguntas para Nelson Motta
Equipe IMS
02.10.13
Nelson Motta comenta os primórdios das trilhas sonoras originais para novelas e, com humor e saudade, recorda o amigo Vinicius de Moraes, cujo centenário se completa em 19 de outubro.
Chico e os olhos do carrasco: de Paratodos a Parapoucos
Paulo da Costa e Silva
14.06.12
É essa fé na canção e no Brasil que parece ter sido perdida. Depois do Paratodos, Chico definitivamente e cada vez mais se tornou "Parapoucos". Junto com o aparente fim do ciclo histórico do mito-Brasil e com tudo o que isso implicava de investimento na noção de uma unidade nacional, o caminho de um refinamento cada vez maior no artesanato das canções simplesmente já quase não encontrava resposta junto ao público - já não lhe dizia tanto respeito, como se o canal de comunicação tivesse sido perdido.
Dia D: celebre a obra de Drummond
Equipe IMS
31.10.11
No dia 31 de outubro de 1902, nascia o grande poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). Para comemorar a data, o Instituto Moreira Salles lança a ideia de instituir umDia D - Dia Drummond -, que passa a fazer parte do calendário cultural do país. Assim como os irlandeses (e hoje o mundo inteiro) festejam a vida do escritor James Joyce no dia 16 de junho com o Bloomsday, os brasileiros começarão a homenagear um de seus maiores poetas sempre no dia de seu nascimen- to. O objetivo é promover e difundir a sua obra. Para isso, convida parcei- ros e amigos para comemorar a data, em todo o Brasil, a partir deste ano.
O tempo da canção – quatro perguntas para Edu Lobo
Equipe IMS
26.04.11
O cantor e compositor Edu Lobo se apresentou no auditório do IMS do Rio de Janeiro, trazendo ao palco, na íntegra, um dos discos mais importantes da música popular brasileira: O Grande Circo Místico. Ele conversou com o Blog do IMS sobre como foi voltar ao disco e diz, a despeito das opiniões contrárias, que a canção não morreu.