![](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/08/960muritiba.jpg)
O que não se pode ver
José Geraldo Couto
31.08.18
Ferrugem e As herdeiras: dois filmes de primeira linha, um brasileiro e o outro paraguaio. Um é habitado por adolescentes, o outro por idosas, mas no fundo ambas tratam da solidão e da dificuldade de entendimento num mundo cada vez mais inóspito, sobretudo nas pontas mais vulneráveis da vida humana, a juventude e a velhice.
![](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/08/460fernanda.jpg)
Uma magia modesta
José Geraldo Couto
24.08.18
Contra vento e maré, quatro novos filmes – dois de ficção e dois documentários – comprovam a vitalidade e a pluralidade do cinema brasileiro atual. De quebra, chega às livrarias uma obra fundamental com mais de mil páginas.
![](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/08/740unicornio.jpg)
![](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/08/460eduardo.jpg)
Dos seres imaginários
José Geraldo Couto
17.08.18
Há filmes que vemos “de fora”, como se fossem ilustrações de histórias que poderiam ser narradas verbalmente. E há filmes que se apresentam como objetos a ser apreendidos mais pelos sentidos do que propriamente pelo intelecto. Uma experiência sensorial desse tipo, próxima da imersão, é oferecida por Unicórnio, segundo longa-metragem do carioca Eduardo Nunes.
![](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/08/460Gaa.jpg)
O monstro escolhe o vinho
José Geraldo Couto
10.08.18
O animal cordial tem sido classificado como slasher movie, ou seja, um filme de violência explícita, sangue em profusão, corpos esquartejados. A qualificação é correta, grosso modo, mas não dá conta da força e do alcance do surpreendente longa-metragem de estreia de Gabriela Amaral Almeida.
![](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/07/alguma-coisa-assim-2_740x370.jpg)
![](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/07/vinteanos-2_460x460.jpg)
O trabalho do tempo
José Geraldo Couto
27.07.18
Em dois belos momentos para o cinema nacional, a ficção Alguma coisa assim, de Mariana Bastos e Esmir Filho, e o documentário Vinte anos, de Alice de Andrade, costuram com engenhosidade as voltas que o tempo dá.
![](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/07/460said-1.jpg)
As mulheres abrem caminho
José Geraldo Couto
06.07.18
Sobretudo nos últimos anos, uma forte reação feminina tem diminuído o predomínio esmagador de realizadores homens, e um sinal animador disso é o FIM – Festival Internacional de Mulheres no Cinema. Cachorros, uma das estreias mais interessantes da semana, também é dirigida por uma mulher, a chilena Marcela Said.
![](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/06/740nododiabo.jpg)
![](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/06/460LULANERI.jpg)
Escravidão sem fim
José Geraldo Couto
29.06.18
Dois filmes em cartaz, um de ficção (O nó do diabo) e um documentário (Auto de resistência), investigam com brio e vigor a infâmia histórica da escravidão no Brasil e seu legado de segregação e violência nos dias de hoje. São obras complementares, entre as quais se percebe uma incômoda continuidade.
![](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/06/460dhalia.jpg)
Dois filmes, dois cinemas
José Geraldo Couto
22.06.18
Dois novos filmes, duas “escolas” contrastantes. Ambos falam de tensões e fraturas sociais no Brasil, mas enquanto Tungstênio, de Heitor Dhalia, parte da forma para encontrar seu objeto, Canastra suja, de Caio Sóh, faz o contrário.
![](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/06/960rojasdutra.jpg)
Licantropia sertaneja
José Geraldo Couto
08.06.18
O filme As boas maneiras, de Juliana Rojas e Marco Dutra, é uma singular atualização do mito do lobisomem, ou antes uma releitura moderna, no contexto das tensões sociais de hoje. O primeiro acerto dos realizadores é a construção de um mundo à parte, com um pé no real e outro na fábula.
![](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/05/460mariaugu.jpg)
Entre o terror e o luto
José Geraldo Couto
18.05.18
A primeira imagem de O processo é uma tomada aérea da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, com a câmera avançando em direção à Praça dos Três Poderes por sobre a cerca que separa apoiadores e opositores do impeachment de Dilma Rousseff. É de um país cindido ao meio que tratará este filme impressionante.