José Geraldo Couto
O diretor Guillermo del Toro

Monstros, moral e cívica

José Geraldo Couto

02.02.18

Os inevitáveis “filmes do Oscar” começam a se acumular. Falemos sobre dois deles, extremamente diferentes entre si: o fantasioso A forma da água, de Guillermo del Toro, e o “realista” The Post, de Steven Spielberg.

2016, entre sinistro e sublime

José Geraldo Couto

30.12.16

Num ano de grandes traumas no Brasil e no mundo, o cinema, se não serviu para consertar nada, ao menos nos ajudou a manter aguçados o olhar e a sensibilidade. Atendo-nos aos títulos lançados no circuito comercial, alguns veteranos fundamentais (Bellocchio, Verhoeven, Almodóvar, Clint Eastwood, Woody Allen) marcaram presença, ao lado de estreantes promissores, como Robert Eggers, do surpreendente A bruxa.

O fator humano

José Geraldo Couto

16.12.16

Diante de um filme como Sully, de Clint Eastwood, o espectador ingênuo tem a impressão de que tudo estava dado de antemão – o acontecimento real, os personagens, o drama – e de que bastavam os recursos materiais e tecnológicos disponíveis em Hollywood para colocar essa história na tela. “Com um material desses, qualquer um poderia ter feito esse filme”, diria ele. Ledo engano.

Sergio Leone: Era uma vez o cinema

José Geraldo Couto

12.12.14

Está em cartaz em Belo Horizonte uma ampla retrospectiva da carreira de Sergio Leone. Na obra do italiano encontramos um cinema que une as várias pontas dessa arte ao mesmo tempo popular e sofisticada, em que andam juntas a alegria do circo e a solenidade da ópera.

Clint e as armadilhas da história

José Geraldo Couto

02.02.12

"Toda história é história contemporânea", escreveu o pensador italiano Benedetto Croce, querendo dizer que sempre enxergamos o passado com os olhos do presente. Essa ideia me voltou à lembrança ao ver J. Edgar, o novo filme de Clint Eastwood. O cineasta e seu roteirista, Dustin Lance Black, colocam em pauta uma série de temas candentes de nosso tempo: a "guerra contra o terror", a invasão da privacidade com fins políticos, as relações de mão dupla entre o poder e os meios de comunicação de massa. É uma obra atual como poucas, em suma.