Escrita, nomadismo e queer
Mariana Lage
25.09.17
Em Argonautas, Maggie Nelson (foto) trabalha com o indizível da experiência e o avesso das palavras. A escrita, apesar de ferramenta para demarcar ou evidenciar o nomadismo, será sempre insuficiente diante da movência do que existe. As palavras se movem, os sentidos se alteram, as peles, os gêneros e os sexos se desdobram de um jeito particular, inaudito.
Atividade organizada
Camila von Holdefer
31.07.17
Publicado no segundo semestre de 2015, Strange Tools é o livro mais irregular de Alva Noë. Se falha em apresentar um texto mais rigoroso, porém, a provocação que oferece é bem-vinda. Quando Noë pensa de forma um tanto tortuosa, ainda assim pensa melhor do que a maioria. Em poucas páginas, partindo da natureza humana, o filósofo norte-americano procura explicar a arte e os mecanismos pelos quais ela se transforma continuamente.
O meme, o soneto e o escorbuto
Victor Heringer
19.07.17
Victor Heringer mergulha na genealogia dos memes de internet para refletir sobre a relevância da poesia na sociedade contemporânea e descobre quem tomou o lugar de sonetos, trovas, rondós e cantigas.
Quando as palavras mudam
Carla Rodrigues
08.05.17
Se era verdade que a escolha de cada significante dizia alguma coisa a meu respeito, hoje praticamente posso escrever mensagens de texto inteiras em que a escolha das palavras se dá pelos algoritmos que ensinaram o sistema a repetir o meu repertório. O ato falho vai sendo, assim, substituído pelo erro do “autocompletar”. Se com Freud havíamos aprendido a “repetir, elaborar, recordar”, um século depois talvez a tríade esteja sendo superada por novas formas de submissão aos algoritmos.
Fazer, fazer, fazer – entrevista com Raduan Nassar
Equipe IMS
27.11.15
Em 28/11/2015, o escritor Raduan Nassar completou 80 anos. Para comemorar a data, o Blog do IMS recuperou na íntegra uma rara e extensa entrevista de 1996, concedida pelo escritor para a edição dos Cadernos de Literatura Brasileira dedicada à sua obra. "É com as boas teorias, ou nem tanto, que se faz a má literatura", afirma Nassar, parodiando André Gide.
O sujeito da hashtag #sqn
Carla Rodrigues
20.08.14
A partir de Lacan, pode-se refletir sobre o estatuto contemporâneo da linguagem e as “engrenagens das leis do bláblá”. O fenômeno das hashtags, instrumentos de indexação, podem formar um sujeito sem linguagem, ou uma linguagem sem sujeito, mera repetição de um blábláblá infinito.