Camila von Holdefer

O valor do riso

Camila von Holdefer

26.10.17

Nem sempre é fácil empregar o humor como ferramenta da militância feminista. Fazer rir, e rir de si mesma, tomar para si toda a dimensão do riso, é botar as coisas em seus devidos lugares e as mudanças em marcha. Que alguns homens não vejam graça nenhuma nisso não é problema nosso.

Intimidade entre traço e desejo

Christian Schwartz

03.05.17

Qualquer leitor que algum dia tenha se encantado por Virginia Woolf não deixará de reconhecê-la como uma escritora – na falta de adjetivo menos gasto – intimista. Para quem saiba reconhecer os delicados sinais da intimidade, não será difícil se encantar igualmente pela pintura da irmã mais velha de Virginia, Vanessa Bell (1879-1961) – pela primeira vez exposta em extensa retrospectiva com cerca de uma centena de obras na Dulwich Picture Gallery, em Londres.

Abrir os olhos no escuro

Bernardo Carvalho

25.09.14

Um jovem escritor norte-americano afirmou que abandona um livro quando percebe que o autor concorda com o niilismo do protagonista. O comentário, antes de ser uma caricatura do espírito positivo americano, é um atestado de burrice que diz muito sobre a miséria do pensamento literário de um escritor em perfeita sintonia com o seu tempo.

Ficção sem teoria – quatro perguntas para Tatiana Salem Levy

Equipe IMS

09.11.11

Em 2007, aos 28 anos, a escritora brasileira nascida em Lisboa Tatiana Salem Levy estreou como romancista com o elogiado A chave de casa. Um ano depois, o livro ganharia o Prêmio São Paulo de Literatura na categoria autor estreante. Com a narrativa concentrada em dilemas familiares, Tatiana angariou críticas positivas e se firmou entre os mais talentosos ficcionistas brasileiros contemporâneos. Quatro anos depois, a autora retorna às prateleiras com Dois rios (Record), seu segundo romance.