Vinicius, o também bem-amado

Música

02.10.13
Vinicius e Pedro Luis

Vinicius por Nássara (Acervo Paulo Mendes Campos/IMS) e Pedro Luis (Divulgação)

Odorico Paraguaçu morreu em 9 de outubro de 1973. Depois ressuscitou, num seriado. Mas morte morrida, aquela de último capítulo de novela, foi nessa data, quando O bem-amado se acabou. Passaram-se quatro décadas e a história de Dias Gomes não envelheceu. Brasil e Brasília adentro, está cheio de Odorico Paraguaçu fazendo confabulâncias e providenciamentos marronzistas.

A trilha sonora também não envelheceu. Constata isso quem estiver vendo e ouvindo Pedro Luis, com participação de Bruna Caram, no IMS-RJ em 8 de outubro. O show bateu quase na mosca: a um dia dos 40 anos de morte de Odorico e a 11 do centenário de nascimento de Vinicius de Moraes, o autor de todas as letras da trilha. O show é para homenagear o poetão, sem diminutivos ou obviedades.

E todas as melodias são de Toquinho – no diminutivo, mas com violão gigante. Pois naquele tempo ainda era assim: a emissora encomendava a uma dupla de parceiros todas as composições da novela. Como no cinema, obra fechada, sem colcha de retalhos de interesses (não somentemente artísticos) de gravadoras.

É verdade que nem todas essas encomendas deram certo, mas a de O bem-amado deu: “Cotidiano nº 2”, “Meu pai Oxalá”, “No colo da serra”… Papa fina com temperos de samba, samba-canção, samba-de-roda, samba-choro. Uma harmoniosa mistura como as que Pedro Luis sabe fazer desde a década de 1980, derrubando as paredes e botando blocos plurais nas ruas. Agora é no IMS, saudando o plural Vinicius de Moraes.

Toquinho e Vinicius

Toquinho e Vinicius

* Luiz Fernando Vianna é coordenador de internet do IMS.

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Pedro Luis interpreta Toquinho e Vinicius – informações completas sobre o show.

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