Para exibir os 96 trabalhos de Richard Serra: desenhos na casa da Gávea, o artista norte-americano decidiu usar iluminação natural e restabelecer a configuração original da casa modernista (inaugurada em 1951) onde fica o IMS do Rio de Janeiro. Placas foram retiradas, revelando a arquitetura de Olavo Redig de Campos.
O núcleo de vídeo do IMS acompanhou todo o trabalho para realizar este documentário de pouco mais de 20 minutos, dirigido por Laura Liuzzi e com imagens feitas por Leonardo Souza (câmera) e Gustavo Klabin (drones, que permitem as tomadas aéreas e os “passeios” pela casa).
A condução do documentário é feita pela voz do próprio Serra, em entrevista à coordenadora de Artes Visuais do IMS, Heloisa Espada. Conhecido por obras grandiosas, quase sempre em ferro ou aço, ele explica que vê seus desenhos como uma pesquisa dissociada da que faz com as esculturas. E a favor deles está a resposta mais imediata. “Com escultura pode-se levar três anos em um projeto, ou até mais”, diz ele.
Além de comentar a casa que abriga a mostra, Serra também fala de Lygia Clark, Burle Marx e das curvas do Rio de Janeiro. E explica em detalhes parte de seus trabalhos expostos.
A exposição “Richard Serra: desenhos na casa da Gávea” permanece em cartaz no IMS-RJ até o dia 28 de setembro, das 11h às 20h, com entrada franca.
O IMS também lançou livro com muitos textos inéditos do artista: Richard Serra: escritos e entrevistas, 1967-2013.