Sensibilidade muscular: o cinema de Tony Scott
Alexandre Matias e Heloisa Lupinacci
21.08.12
Antes de se jogar da ponte, Tony Scott havia deixado um bilhete suicida em seu carro, cujo conteúdo ainda não havia sido revelado pela polícia. Mas desconfiava-se que ele vinha atravessando um câncer que havia sido diagnosticado como sendo intratável - a família dele nega. Verdade ou ficção, nessa versão ele decide não perder a briga para a vida e faz como os personagens de seus filmes - assume a responsabilidade e ele mesmo se mata.
Minnesota Nice e o cinismo alto astral dos irmãos Coen
Alexandre Matias e Heloisa Lupinacci
09.08.12
Começa nesta sexta-feira (10/8), no CineSESC, a retrospectiva Irmãos Coen - Duas Mentes Brilhantes, que se dispõe a passar toda a filmografia daqueles que talvez sejam os maiores diretores do atual cinema norte-americano. Ethan e Joel Coen dividem suas funções respectivamente como produtor e diretor de todos seus filmes por questões puramente técnicas.
Como Kubrick dirigiu os filmes da chegada do homem à Lua
Alexandre Matias e Heloisa Lupinacci
30.07.12
Teóricos da conspiração se debruçam há muito tempo sobre o filme que registra a chegada do homem à Lua para denunciar suas falhas e, portanto, sua autenticidade. As teorias mais paranoicas inclusive apontam para a presença de Stanley Kubrick, que, um ano antes da chegada da Apollo 11 à Lua, havia filmado o épico 2001 - Uma Odisseia no Espaço... Nenhuma teoria é tão irresistível quanto a contada no falso documentário Dark side of the Moon, do francês William Karel em 2002.
Gripes e gafes: Nora Ephron (1941-2012)
Alexandre Matias e Heloisa Lupinacci
27.06.12
É tudo uma questão de parâmetros. E ontem se foi um deles. Morreu, aos 71 anos, Nora Ephron, a roteirista que atualizou as comédias românticas para o fim do século 20 (Harry & Sally, Sintonia de Amor, Mensagem para Você), que dirigiu adaptações com protagonistas incríveis (Julie & Julia e o remake de A Feiticeira para o cinema - ou você fez pouco e não viu?), a autora do best-seller Heartburn e de livros como Meu Pescoço é um Horror, criadora da seção Divorces do Huffington Post, em oposição ao Weddings and Celebrations, do New York Times
Ray Bradbury (1920-2012)
Alexandre Matias e Heloisa Lupinacci
06.06.12
Estranhamente otimista num universo literário predominantemente pessimista, Bradbury celebrava a literatura como a arte do encontro e o prazer da aceitação, quando o leitor descobre o livro que, como dizia, "é você mesmo", que lhe dá uma sensação de pertencimento e não de isolamento.
Sónar à brasileira
Alexandre Matias e Heloisa Lupinacci
24.05.12
O festival Sónar pode ser celebrado como uma vitória da vanguarda: com poucos nomes conhecidos do grande público, preferiu investir num elenco mais eclético e fora do lugar comum, colocando o japonês Ryuichi Sakamoto, os alemães do Kraftwerk e rappers norte-americanos em palcos diferentes. Mas o elenco brasileiro do festival também merece menção.
O presidente dos EUA na TV
Alexandre Matias e Heloisa Lupinacci
16.05.12
O seriado Eleições Norte-Americanas faz tanto sucesso que, há tempos, gera uma porção de spinoffs ("filhotes", no jargão televisivo), seriados de TV que tentam mimetizar o ambiente do original, sempre com menor repercussão. Das primárias acaloradas ao Salão Oval, faz tempo que a ficção tenta repetir o sucesso do espetáculo original. Listamos algumas das tentativas recentes da TV de pegar carona no sucesso do showbusiness que é a política norte-americana.
A tricoteira paulista
Alexandre Matias e Heloisa Lupinacci
08.05.12
Algumas viram ao vivo. Foram poucas, comparadas às que viram no Facebook. No meio de abril, a artista plástica Ana Teixeira montou sua banca na Avenida Paulista e convidou quem passasse: "Escuto histórias de amor". Quem passou e não resistiu, parou e contou.
O novo rap brasileiro (parte 2)
Alexandre Matias e Heloisa Lupinacci
04.05.12
Na segunda parte de nossa incursão pela poética do rap contemporâneo brasileiro, nos concentramos na influência que o já clássico Sobrevivendo no Inferno, dos Racionais MCs, proporcionou ao hip hop paulistano, principalmente ao abrir para os novos poetas uma possibilidade de ir além da mera crônica dos fatos, transformando seus versos em ambientações estilizadas e sofisticadas.
O novo rap brasileiro (parte 1)
Alexandre Matias e Heloisa Lupinacci
02.05.12
Diz o Houaiss. Poesia: arte de compor ou escrever versos. Rap: gênero de música popular, urbana, que consiste numa declamação rápida e ritmada de um texto, com alturas aproximadas. Um está contido no outro. Se é boa poesia ou poesia ruim, deixamos isso aos críticos e estudiosos do assunto. Mas, como dissemos, o século virou e o rap foi
junto com ele. E aqui separamos letras de rappers brasileiros contemporâneos, em duas partes: a primeira, abaixo, a segunda, na semana que vem. O que não dá é para apenas torcer o nariz e fingir que não está lá.