The Dude sobrevive
Alexandre Rodrigues
29.05.18
Não foram discretas as homenagens em forma de resenhas e a sessões especiais nos cinemas americanos em março deste ano, quando o lançamento de O grande Lebowski completou duas décadas. Esse tipo de reação é uma medida de como The Dude, como poucos personagens de filmes, se entranhou na cultura.
Breaking Bad, dez anos
Alexandre Rodrigues
30.01.18
Dez anos depois da estreia, Breaking Bad, este conto shakespeariano moderno sobre a transformação de um homem comum em impiedoso chefão do crime, já estaria datado se fosse uma série qualquer, todavia permanece atual. Foi uma das séries mais inovadoras da história da TV, cada vez mais influente nas produções contemporâneas. Mas por quê?
Crime verdadeiro
Alexandre Rodrigues
06.12.17
Houve uma época em que a expressão serial killer não queria dizer nada e não passaria pela cabeça de ninguém criar uma série de tevê sobre assassinos. Em 1995 a abordagem niilista – e noir, gótica, existencial – do filme Seven, de David Fincher, recriou o gênero. 22 anos depois, os assassinatos em série já foram explorados sem limites, inclusive com canais dedicados a exibir reconstituições de crimes reais. Neste cenário saturado, o que ainda restaria a ser contado sobre serial killers? A série Mindhunter, do mesmo David Fincher para a Netflix, tenta uma resposta.
Distopias duradouras
Alexandre Rodrigues
04.10.17
Deus, fascismo e os EUA dos anos 1980: Alexandre Rodrigues conta de onde surgiram as ideias para O conto da aia, romance de Margaret Atwood que serve de base para The Handmaid’s Tale, série de tv premiada com o Emmy.
No alto da colina, dentro dos homens
Alexandre Rodrigues
19.08.14
Duas antologias de contos recentes abordam a Israel moderna: de um lado, Do que falamos quando falamos de Anne Frank, do americano Nathan Englander, que humaniza os colonos que observam os ataques em Gaza; do outro, o surreal De repente, uma batida na porta, do israelense Etgar Keret, que propõe novas versões para uma mesma história.
História de uma geração corrompida
Alexandre Rodrigues
13.06.12
Entre lances de maestria estilística e humor inusitado, o diagnóstico de McEwan é que essa geração, uma elite cosmopolita, culta e sofisticada, fundada nos valores universais dos anos 60, se deixou corromper. Seja por pragmatismo ou oportunismo, o fato é que aceitou o jogo do poder. Os dois amigos são complacentes com suas próprias ações, justificadas por "valores superiores", na medida oposta em que se tornam o juiz dos atos um do outro. É por essa rede de relativismos que Amsterdam continua um livro atual.