Armando Freitas Filho

Preciso ou não arrumar minha mesa?

Armando Freitas Filho

23.10.17

A seção Primeira Vista publica mensalmente textos inéditos de ficção, escritos a partir de fotografias selecionadas no acervo do Instituto Moreira Salles. O autor escreve sem ter informação nenhuma sobre a imagem, contando apenas com o estímulo visual. Neste mês de outubro, o poeta Armando Freitas Filho foi convidado a escrever sobre uma foto de Mario Cravo Neto, feita em 1980 para uma série em torno de Canudos.

C.D. Atlântico – poema inédito de Armando Freitas Filho

Armando Freitas Filho

31.10.11

Leia neste post um poema inédito de Armando Freitas Filho, dedicado a Carlos Drummond de Andrade.

A mão inteira da escrita

Armando Freitas Filho

06.06.11

Acabo de ver sua carta agora. Jantei, revi um filme de vampiro sueco excelente (Deixa ela entrar) e me sentei aqui, ainda com gosto de sangue na boca, e dei com ela em plena madrugada. O introito de cima acabou combinando com o que você fala sobre poesia. Concordo com tudo ou quase. A variação, mais do que discordância, se dá sobre a inspiração, mais modo de ser do que outra coisa. Sou assim com tudo.

O inferno são os outros

Armando Freitas Filho

30.05.11

O Brasil, às vezes desespera, não é mesmo? Há quanto tempo a gente vai acompanhando o nosso país! Como o nosso grande Vinicius de Moraes em "Pátria minha": "A minha pátria é como se não fosse, é íntima/ Doçura e vontade de chorar; uma criança dormindo/ É minha pátria"

A moça na máquina de escrever

Armando Freitas Filho

23.05.11

A fragilidade exposta, quando por escrito, fica exagerada. Afinal, tenho a minha "navalha na liga": o rancor que dura anos, companhia malsã, mas companhia, que, às vezes, acaba me cortando mais do que ao outro. Até porque o que pode ser mais íntimo que um inimigo bem plantado e cultivado? Como esquecê-lo?

Cartão-postal de sempre

Armando Freitas Filho

16.05.11

Mas esse texto, essa carta não vai só para você; o suporte dela chega a ser insuportável de tão grande. Imaginar que alguém possa estar me lendo no Polo Norte me dá, juro, uma aflição danada, uma agorafobia que não combina com meu modo de ser, com o que sei escrever, pois o poema moderno, só muito raramente é sinfônico, sua música é de câmara, ouvida geralmente, por audiências pequenas.

Casquete de lã – Por Armando Freitas Filho

Armando Freitas Filho

09.05.11

clique aqui para ver a carta anterior Pois é, Ri. Como escrever cartas agora? Tenho a impressão de que escrevi no último fim de semana todas as cartas possíveis, todas as cartas do mundo, só que conversadas. São cartas na fase oral. Quando você chega aqui em casa, sinto que, enfim, chegou em  casa. Depois... Continue reading

O tempo em câmera lenta

Armando Freitas Filho

02.05.11

<a href=”http://www.blogdoims.com.br/maria-rita-kehl/a-preguica-do-samba/”>Clique aqui para ver a carta anterior</a></strong> Ri: Me interessa, e muito, essa “preguiça” fora da gaiola. Dessa preguiça na natureza, ou a natureza da preguiça a espreguiçar-se na origem da coisa, do fazer, e a “duração” do pré-movimento pleno. Falo, também, do bicho que desde pequeno me intrigou (teria um furo ou uma... Continue reading

Sem tempo de devaneio

Armando Freitas Filho

25.04.11

Se essa correspondência não fosse pública, eu diria: "rebarbativo Gullar", uma ova! E pronto. Resposta abrupta assim porque a amizade tão profunda e sentida, de mais de 30 anos, que temos um pelo outro sempre permitiu os "contrastes e confrontos", explicitamente declarados e debatidos, sem que isso a afetasse. Mas como escrevemos a céu aberto, ao ar livre como dois BBs no paredão virtual e eletrônico, com gente lendo por cima dos nossos ombros, devo uma declaração a essa galera anônima que bafeja nas nossas nucas: desde os meus 16 anos "pratico" Ferreira Gullar.

Só existe sucessão monárquica para os poetas?

Armando Freitas Filho

18.04.11

Estava pensando: por que será que o Prêmio São Paulo só é concedido ao melhor romance de novatos e veteranos, recém-lançados? Em valor monetário, relativamente falando, ele supera até o Prêmio Camões, pois este contempla o conjunto da obra de uma vida.