Rita, querida:
Estava pensando: por que será que o Prêmio São Paulo só é concedido ao melhor romance de novatos e veteranos, recém-lançados? Em valor monetário, relativamente falando, ele supera até o Prêmio Camões, pois este contempla o conjunto da obra de uma vida.
Se os poetas não foram expulsos da República, acabaram impedidos pelo governo do estado de São Paulo de ganharem 200 milhas, o que se não configura uma expulsão, não deixa de ser uma punição, afinal de contas.
Será mais fácil julgar prosa do que poesia? Por que razão? Julgar poesia dá rolo?
Engraçado: quando um poeta importante morre atribui-se logo o “título” fictício de que agora o melhor poeta vivo é Fulano de Tal. Quando um ficcionista morre essa ficção não rola. Só existe sucessão “monárquica” para os poetas?
Beijos cariocas,
Armando