![Filipa Reis e João Miller Guerra](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/10/filipa-guilherme-djon-africa.jpg)
O estrangeiro
José Geraldo Couto
11.10.18
Um filme cabo-verdiano é um corpo mais do que estranho no circuito exibidor brasileiro. Djon África conta de maneira original uma história clássica, a de um homem em busca de seu pai desconhecido. Já o alemão Os invisíveis, sobre a perseguição a judeus escondidos durante o nazismo, resgata valores de compaixão e solidariedade tão imperiosos aqui e agora quanto na Berlim da época de Hitler.
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A barbárie à espreita
José Geraldo Couto
01.10.18
Esta semana, José Geraldo Couto destaca Uma noite de 12 anos, de Álvaro Brechner, um acerto de contas com o período da ditadura militar no Uruguai, a mostra do ucraniano Sergei Loznitsa no IMS, com doze filmes e duas master classes, e a estreia no circuito comercial de A moça do calendário, de Helena Ignez.
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Dez dias de vibração
José Geraldo Couto
24.09.18
O 51º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro foi uma edição histórica, não só pela qualidade dos filmes exibidos e pela temperatura dos debates, mas principalmente por trazer à luz o vigor e a diversidade de uma produção cinematográfica hoje ameaçada por todos os lados – pelo desmonte das políticas de fomento do setor, pelo desmonte mais geral do país.
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O cinema no olho do furacão
José Geraldo Couto
17.09.18
Mais antigo do país, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é desde suas origens o mais imbricado com as vicissitudes políticas nacionais. No ambiente inflamável atual, é complicado discernir política e arte, cinema e ação política. Dentre os destaques dos primeiros dias desta 51ª edição estão Torre das donzelas, de Susanna Lira, Domingo, de Clara Linhart e Fellipe Barbosa, e Los Silencios, de Beatriz Seigner.
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Essas pessoas na sala de jantar
José Geraldo Couto
14.09.18
O banquete, de Daniela Thomas, não é um filme agradável. Nem poderia. O mal-estar é seu tema, seu método e sua substância. Concentrado num jantar que reúne personagens da política, do teatro e da mídia, pode ser lido como um retrato corrosivo da sociedade patriarcal brasileira num momento de crise: os anos Collor.
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Eu vi um Brasil no cinema
José Geraldo Couto
06.09.18
A filmografia de Joaquim Pedro de Andrade é talvez a ponte mais completa e consequente entre o modernismo literário dos anos 1920 e o cinema moderno. Relativamente pouco numerosa, atualiza de modo crítico e inventivo a investigação sobre a identidade brasileira empreendida pelos modernistas da “fase heroica”, praticando uma antropofagia da antropofagia.
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O que não se pode ver
José Geraldo Couto
31.08.18
Ferrugem e As herdeiras: dois filmes de primeira linha, um brasileiro e o outro paraguaio. Um é habitado por adolescentes, o outro por idosas, mas no fundo ambas tratam da solidão e da dificuldade de entendimento num mundo cada vez mais inóspito, sobretudo nas pontas mais vulneráveis da vida humana, a juventude e a velhice.
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Uma magia modesta
José Geraldo Couto
24.08.18
Contra vento e maré, quatro novos filmes – dois de ficção e dois documentários – comprovam a vitalidade e a pluralidade do cinema brasileiro atual. De quebra, chega às livrarias uma obra fundamental com mais de mil páginas.
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Dos seres imaginários
José Geraldo Couto
17.08.18
Há filmes que vemos “de fora”, como se fossem ilustrações de histórias que poderiam ser narradas verbalmente. E há filmes que se apresentam como objetos a ser apreendidos mais pelos sentidos do que propriamente pelo intelecto. Uma experiência sensorial desse tipo, próxima da imersão, é oferecida por Unicórnio, segundo longa-metragem do carioca Eduardo Nunes.
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O monstro escolhe o vinho
José Geraldo Couto
10.08.18
O animal cordial tem sido classificado como slasher movie, ou seja, um filme de violência explícita, sangue em profusão, corpos esquartejados. A qualificação é correta, grosso modo, mas não dá conta da força e do alcance do surpreendente longa-metragem de estreia de Gabriela Amaral Almeida.