José Geraldo Couto
Matteo Garrone

Renascimento italiano

José Geraldo Couto

03.08.18

O cinema italiano já foi o melhor do mundo. Nas décadas de 1960 e 70, a Itália produzia filmes de primeira linha nos mais variados gêneros. Depois disso, devido a inúmeros fatores, veio um prolongado declínio, mas nos últimos anos notam-se alguns sinais de recuperação, e o cinema italiano volta a ser, no mínimo, relevante. E um panorama do estado atual desse ainda modesto renascimento é a mostra “8 ½ Festa do Cinema Italiano”, com onze longas-metragens recentes.

O trabalho do tempo

José Geraldo Couto

27.07.18

Em dois belos momentos para o cinema nacional, a ficção Alguma coisa assim, de Mariana Bastos e Esmir Filho, e o documentário Vinte anos, de Alice de Andrade, costuram com engenhosidade as voltas que o tempo dá.

Robert Guédiguian

Bárbaros por todo lado

José Geraldo Couto

20.07.18

Posta em relevo na Copa do Mundo, em especial na campeã França, a questão dos imigrantes – legais ou clandestinos, recentes ou antigos – está no centro e nas bordas de três novos filmes: Uma casa à beira-mar, de Robert Guédiguian, O orgulho, de Yvan Attal, e Primavera em Casablanca, de Nabil Ayouch.

O mar de Bergman

José Geraldo Couto

13.07.18

Há cem anos nascia na Suécia um dos grandes artistas do século XX, o cineasta, diretor de teatro e escritor Ingmar Bergman. Deixou uma obra imensa, e é impossível dimensionar sua influência. Para celebrar a data, nada melhor que ver seus filmes.

As mulheres abrem caminho

José Geraldo Couto

06.07.18

Sobretudo nos últimos anos, uma forte reação feminina tem diminuído o predomínio esmagador de realizadores homens, e um sinal animador disso é o FIM – Festival Internacional de Mulheres no Cinema. Cachorros, uma das estreias mais interessantes da semana, também é dirigida por uma mulher, a chilena Marcela Said.

Escravidão sem fim

José Geraldo Couto

29.06.18

Dois filmes em cartaz, um de ficção (O nó do diabo) e um documentário (Auto de resistência), investigam com brio e vigor a infâmia histórica da escravidão no Brasil e seu legado de segregação e violência nos dias de hoje. São obras complementares, entre as quais se percebe uma incômoda continuidade.

Dois filmes, dois cinemas

José Geraldo Couto

22.06.18

Dois novos filmes, duas “escolas” contrastantes. Ambos falam de tensões e fraturas sociais no Brasil, mas enquanto Tungstênio, de Heitor Dhalia, parte da forma para encontrar seu objeto, Canastra suja, de Caio Sóh, faz o contrário.

Licantropia sertaneja

José Geraldo Couto

08.06.18

O filme As boas maneiras, de Juliana Rojas e Marco Dutra, é uma singular atualização do mito do lobisomem, ou antes uma releitura moderna, no contexto das tensões sociais de hoje. O primeiro acerto dos realizadores é a construção de um mundo à parte, com um pé no real e outro na fábula.

A matéria e o espírito

José Geraldo Couto

30.05.18

O italiano Roberto Rossellini (1906-77) é uma figura central da história do cinema, sob qualquer ponto de vista. Sem ele não haveria neorrealismo, nem Nouvelle Vague, nem Cinema Novo.

Elogio do filme ruim

José Geraldo Couto

25.05.18

O filme ruim é muitas vezes preferível ao mediano (vale dizer medíocre) e mesmo ao filme “bom”, mas anódino, inercial, sem alma. Com seus tropeços e excessos, sua pedagogia do erro, o filme ruim frequentemente diverte, emociona, incomoda, faz pensar na natureza do cinema como diversão popular, atração de feira, brincadeira da imaginação.