Quatro perguntas

Entre Orson Welles e a cultura pop – quatro perguntas para Antônio Xerxenesky

Equipe IMS

01.07.14

Antônio Xerxenesky situa seu novo romance, F, em 1985, ano da morte de Orson Welles e época de música pop efervescente. Conduzida por uma assassina de aluguel, a trama combina cinema, literatura e cultura pop, mistura que marca o trabalho do escritor, como ele explica nesta entrevista.

“Democracia de baixa intensidade militariza gestão social” – quatro perguntas para Paulo Arantes

Equipe IMS

20.06.14

O professor de filosofia da USP Paulo Arantes diz que a herança da Copa será um aprofundamento dos aparelhos de vigilância e punição dos movimentos sociais. “O subversivo clássico de ontem é hoje um gestor estratégico precioso, já que o risco agora é social”, afirma ele, que lança o livro O novo tempo do mundo. Arantes foi ligado ao PT e se tornou crítico do partido no poder.

A militância pela barbárie – quatro perguntas para Eugênio Bucci

Equipe IMS

08.05.14

O linchamento da dona de casa Fabiane Maria de Jesus no Guarujá reflete o abandono sistemático com que o Estado brasileiro trata boa parte da população brasileira, diz Eugênio Bucci, jornalista e professor da USP. "Ao acordar em junho de 2013, o Brasil descobriu-se muito mais injusto do que se imaginava. É como se essa injustiça levasse os que mais sofrem a desistir de uma vez por todas da civilização. É como se a única saída fosse a militância pela barbárie."

Uma odisseia torta – quatro perguntas para Gustavo Piqueira

Equipe IMS

06.05.14

Designer premiado e autor de quinze livros, Gustavo Piqueira diz que adaptações que limpam os clássicos de suas dificuldades, buscando assim atingir o público jovem, acabam oferecendo uma experiência vazia. "O que importa não é ter contato com muitas obras, mas sim o tipo de contato que o leitor estabelece", afirma.

A história do Animal – quatro perguntas para Pedro Aragão

Equipe IMS

03.01.14

Ao contrário da maioria das obras sobre gêneros musicais, conta o músico e pesquisador Pedro Aragão, "que normalmente salientam apenas os grandes compositores e intérpretes", o mítico O choro publicado em 1936 por Alexandre Gonçalves Pinto, o Animal, descrevia sem distinções tanto os expoentes da época quanto os "facões" (músicos ruins).

As palavras de Clarice – quatro perguntas para Roberto Corrêa dos Santos

Equipe IMS

03.12.13

Autor de As palavras, compilação de frases da obra de Clarice Lispector, o escritor, artista visual e ensaísta defende sua opção por extraí-las do contexto em que foram escritas e aprova que elas, as frases verdadeiras, se disseminem pelas redes. Malu Mader e Cláudia Abreu lerão parte delas no evento Hora de Clarice, no IMS-RJ.

Memórias para além do cárcere – quatro perguntas para Cid Benjamin

Equipe IMS

06.11.13

Um dos sequestradores do embaixador americano em 1969, jornalista lança livro em que relata as torturas que sofreu, mas passa ao largo de se martirizar por isso e diz que faltou maturidade aos que não aceitaram o arrependimento do médico Amílcar Lobo, que colaborava com os torturadores. Em Gracias a la vida, ele afirma que a luta armada foi um erro político e reflete sobre o que aconteceu com a esquerda brasileira nas últimas décadas, fazendo duras críticas ao PT, partido que ajudou a fundar.

Vinicius e as trilhas de novelas – quatro perguntas para Nelson Motta

Equipe IMS

02.10.13

Nelson Motta comenta os primórdios das trilhas sonoras originais para novelas e, com humor e saudade, recorda o amigo Vinicius de Moraes, cujo centenário se completa em 19 de outubro.

O caso Amarildo e a rotina dos desaparecimentos – quatro perguntas para Fábio Alves Araújo

Equipe IMS

15.08.13

Autor da tese Das consequências da ?arte' macabra de fazer desaparecer corpos, sociólogo fala da prática policial (às vezes em parceria com traficantes) de encobrir homicídios com o apagamento das provas. As investigações acabam a cargo dos parentes das vítimas, como as Mães de Acari. Uma foi assassinada.

O efeito bumerangue da repressão policial – quatro perguntas para Luiz Antonio Machado da Silva

Equipe IMS

29.07.13

"Se as manifestações não fossem fundamentalmente pacíficas, as cidades brasileiras teriam entrado em um caos completo", diz o sociólogo Luiz Antonio Machado da Silva ao comentar a ação das polícias militares nas recentes manifestações de rua no Brasil e analisar as ações do governo, que ao invés de negociarem optaram pela repressão. "O governo, na acepção mais geral desse termo, desaprendeu as lições da história".