O crítico e professor de história da arte Ronaldo Brito foi o segundo a participar da série Conversas na galeria acerca da obra de Richard Serra (o primeiro foi João Masao Kamita). Brito define os desenhos de Serra expostos no IMS do Rio de Janeiro como “placas escultóricas” que se comunicam com a casa – afinal, são obras site specific.
Brito reflete acerca do que aproxima e do que afasta Serra do pintor abstrato russo Malevich, que possuía um “fervor da geometria”, e também discute um possível diálogo com Jackson Pollock. “Serra trabalha com o peso”, afirmou Brito. Ao debater com a plateia, buscou mostrar como os retângulos pretos no desenho estão incrustrados e parecem lascados: “Tenho a impressão de que Serra desenha com um maçarico”.
