Entrada principal para o cinema em NY – quatro perguntas a Anelisa Garfunkel

Quatro perguntas

02.12.15

No Brasil para apresentar nesta quinta-feira no IMS-RJ o SVA Short Film Fest, uma seleção de curta-metragens produzidos por alunos do curso de mestrado em direção cinematográfica da School of Visual Arts de Nova York, a diretora operacional do programa, Anelisa Garfunkel, garante: “Nossa faculdade é a melhor do ramo”. Tem bons motivos para deixar a modéstia de lado, como pode ser conferido nesta conversa com Barbara Rangel e Thiago Gallego, do Núcleo de Cinema do IMS.

Still de pré-produção de Enigma, curta de Claudine Eriksson que será exibido na mostra SVA Short Film Fest

Quais são os objetivos do “Masters in Directing”?

O mestrado em direção cinematográfica é um programa intensivo com duração de um ano. Surgiu há 6 anos como ‘Masters in Live Action Short Film’. Nós mudamos o nome para ‘Masters in Directing’ e remodelamos o curso ano passado. O programa oferece uma formação prática em narrativas visuais. Através de aulas, palestras, workshops e experiência em sets de filmagem, os estudantes descobrem sua voz própria e desenvolvem habilidades para criar filmes atraentes e inventivos. (Mais informações no site em inglês directing.sva.edu)

Qual é o perfil acadêmico e profissional dos professores do curso?

O programa é presidido por Bob Giraldi, o diretor que teve um importante papel no surgimento do videoclipe no início dos anos 1980 e continua sendo uma grande força criativa. Ele é responsável por “Beat it” e “Say Say Say” de Michael Jackson e por uma série de outros importantes clipes. Ele fez também inúmeros filmes como diretor publicitário e também curtas e longa metragens. Nosso professor de roteiro é Alex Dinelaris, que recentemente ganhou o Oscar por “Birdman”. Nossa professora de produção é Sharon Greytak, roteirista, diretora e produtora que lançou em 2014 seu segundo longa-metragem independente, “Archeology of a woman”. Larry Kardish, nosso professor de teoria cinematográfica, foi curador no departamento de cinema do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) por 40 anos e é jurado de festivais como Sundance, Toronto, Cannes e Berlim. Nossa faculdade é a melhor no ramo. Todos eles continuam próximos do cinema escrevendo, produzindo e dirigindo seus próprios filmes – e sendo premiados por isso.

Os alunos do curso são requisitados pelo mercado de trabalho? Como se dá a inserção de seus filmes no circuito de festivais?

Nossos estudantes se saem muito bem. Em 6 anos tivemos 4 filmes que foram para Cannes. Esse ano um dos nossos filmes recebeu o prêmio de diretor-estudante da Director’s Guild of America (Associação de diretores dos EUA). A produção dos nossos estudantes foi exibida e premiada por todo o mundo e temos ex-alunos trabalhando em diversos setores da indústria cinematográfica, vários deles como diretores de publicidade, videoclipes e longa-metragens. Muitos também trabalham com produção, direção e edição de filmes. Ouvi de muitos alunos que o que eles aprenderam e criaram no programa foi o que os levou a trabalhar como diretores. Produzimos curta-metragens de até 15 minutos de duração. Os alunos vêm de todas as partes do mundo e os filmes refletem essa diversidade. Temos filmes em muitas línguas e também de gêneros diferentes como horror, comédia e ficção científica.

Qual a relação do curso com a indústria cinematográfica e como se inserem nela os estudantes ao fim do programa?

Em complemento aos estudos, nós convidamos cerca de 25 a 30 palestrantes ao longo do ano letivo. Isso fornece aos alunos conexões valiosas com a indústria. Nossos estudantes recebem muita atenção individual, o que ajuda a estabelecer relações profissionais futuras. Nós não empregamos os alunos quando eles se formam, mas os ajudamos a estabelecer uma rede de contatos com o mercado de trabalho. Nossa taxa de sucesso é altíssima.

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