A mostra Fotolivros latino-americanos, aberta em 18 de julho, chega ao segundo mês no Instituto Moreira Salles de São Paulo. Em cartaz até 27 de outubro, a exposição, com curadoria de Horacio Fernández, funciona como um panorama estético, social e cultural da América Latina a partir dos melhores fotolivros publicados na região dos anos 1920 até os dias de hoje.
Além das cerca de 50 publicações, são exibidas 100 fotografias e 8 vídeos produzidos a partir das imagens dos livros da mostra. São seis eixos temáticos: história e propaganda, fotografia urbana, ensaios fotográficos, fotolivros de artista, literatura e fotografia e fotolivros contemporâneos.
Mais de 1800 pessoas já visitaram a mostra, incluindo 650 alunos de escolas das redes pública e privada, participantes das atividades de ação educativa. O roteiro, elaborado pelo Educativo IMS, propõe a discussão das especificidades dos fotolivros como forma de constituir uma percepção a respeito de como um conjunto de imagens pode formar uma unidade própria ao ser reunido em livro. Através de uma proposição criativa, os visitantes são convidados a organizar reproduções fotográficas do acervo do IMS para conceber um fotolivro temático.
Resultado de pesquisas feitas ao longo de quatro anos em onze países – Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Nicarágua, Peru e Venezuela – e da colaboração entre quatro instituições – Instituto Moreira Salles, Le Bal (Paris), Ivory Press (Madrid) e Aperture (Nova York) – Fotolivros latino-americanos também resultou num livro, lançado pela Cosac Naify em coedição com a editora mexicana RM, a norte-america Aperture e a francesa Images em Manoeuvre, constituindo o mais amplo projeto de documentação já realizado sobre livros de fotografia na América Latina.