![](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/12/460crimp.jpg)
Sobre as ruínas do museu
Rafael Cardoso
12.12.18
Muito ao contrário de aquilatar certezas, os melhores museus hoje cortejam ativamente o questionamento e a contestação. Antes queridos dos mais tradicionalistas, viraram alvo de fúrias conservadoras. Se o mofo foi espanado no plano das ideias, o mesmo não pode ser dito sobre a realidade cotidiana dos museus no Brasil. Com honrosas exceções, continuamos a nos debater com poeira, cupins, goteiras, roubos e incêndios.
![](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/10/460godard.jpg)
Provocações aos sentidos e à inteligência
José Geraldo Couto
26.10.18
José Geraldo Couto segue elegendo destaques na programação da 42a Mostra de Cinema de SP: Imagem e palavra, novo filme de Godard, não é documentário nem ficção, mas um ensaio poético-filosófico de riqueza inesgotável; Rio da Dúvida, do brasileiro Joel Pizzini, é uma esplêndida recriação de uma aventura insólita; A imagem que você perdeu, do irlandês-americano Donal Foreman, é um resgate da relação do diretor com o pai distante e uma reflexão ilustrada sobre três décadas da história da Irlanda; e Amor até as cinzas, de Jia Zhang-ke, é uma observação aguda das transformações ocorridas na China nas últimas décadas.
![Filipa Reis e João Miller Guerra](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/10/filipa-guilherme-djon-africa.jpg)
O estrangeiro
José Geraldo Couto
11.10.18
Um filme cabo-verdiano é um corpo mais do que estranho no circuito exibidor brasileiro. Djon África conta de maneira original uma história clássica, a de um homem em busca de seu pai desconhecido. Já o alemão Os invisíveis, sobre a perseguição a judeus escondidos durante o nazismo, resgata valores de compaixão e solidariedade tão imperiosos aqui e agora quanto na Berlim da época de Hitler.
![](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/10/460alvaro2.jpg)
A barbárie à espreita
José Geraldo Couto
01.10.18
Esta semana, José Geraldo Couto destaca Uma noite de 12 anos, de Álvaro Brechner, um acerto de contas com o período da ditadura militar no Uruguai, a mostra do ucraniano Sergei Loznitsa no IMS, com doze filmes e duas master classes, e a estreia no circuito comercial de A moça do calendário, de Helena Ignez.
![](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/09/460carla.jpg)
Compra-se um novo passado
Carla Rodrigues
28.09.18
É justamente por não ser apenas uma edificação histórica que a perda do Museu Nacional é uma tragédia. Ali estava em jogo nosso passado anterior à colonização e uma chance ínfima de construção de outro futuro, não assegurado ainda a quem não tem passado.
![](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/09/460FESTIVAL.jpg)
O cinema no olho do furacão
José Geraldo Couto
17.09.18
Mais antigo do país, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é desde suas origens o mais imbricado com as vicissitudes políticas nacionais. No ambiente inflamável atual, é complicado discernir política e arte, cinema e ação política. Dentre os destaques dos primeiros dias desta 51ª edição estão Torre das donzelas, de Susanna Lira, Domingo, de Clara Linhart e Fellipe Barbosa, e Los Silencios, de Beatriz Seigner.
![](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/09/460hilda.jpg)
Ser ou não ser canônico
Tiago Ferro
11.09.18
Se é possível questionar autores canônicos, talvez seja justo investigar o que o próprio cânone soterrou de mais radical. Assim podemos valorizar autores excluídos até aqui e revalorizar autores incensados por motivos equivocados ou laterais.
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Eu vi um Brasil no cinema
José Geraldo Couto
06.09.18
A filmografia de Joaquim Pedro de Andrade é talvez a ponte mais completa e consequente entre o modernismo literário dos anos 1920 e o cinema moderno. Relativamente pouco numerosa, atualiza de modo crítico e inventivo a investigação sobre a identidade brasileira empreendida pelos modernistas da “fase heroica”, praticando uma antropofagia da antropofagia.
![](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/08/460fernanda.jpg)
Uma magia modesta
José Geraldo Couto
24.08.18
Contra vento e maré, quatro novos filmes – dois de ficção e dois documentários – comprovam a vitalidade e a pluralidade do cinema brasileiro atual. De quebra, chega às livrarias uma obra fundamental com mais de mil páginas.
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As mulheres abrem caminho
José Geraldo Couto
06.07.18
Sobretudo nos últimos anos, uma forte reação feminina tem diminuído o predomínio esmagador de realizadores homens, e um sinal animador disso é o FIM – Festival Internacional de Mulheres no Cinema. Cachorros, uma das estreias mais interessantes da semana, também é dirigida por uma mulher, a chilena Marcela Said.