Marçal Aquino

A felicidade genital

Marçal Aquino

21.09.18

Em 2012 esbarrei num personagem, um falso conde chamado Emanuel, e me interessei em acompanhar suas peripécias amorosas em período impreciso do Brasil colonial. Logo percebi que se tratava de uma farsa erótica, sem nenhum rigor histórico, muito diferente de tudo que escrevi até agora.

Eu escrevo a Wikipédia – e ninguém lê

Patrick Cruz

12.06.18

Inter de Lages, jogadores de futebol da quarta divisão e generais que nunca existiram: Patrick Cruz explica o que motiva um editor profissional a se dedicar por anos à pesquisa e checagem de dados para artigos obscuros da Wikipédia.

2018 e suas memórias

Carla Rodrigues

16.05.18

Recebi um convite para uma reunião da turma da escola, 40 anos de conclusão do segundo grau. Penso nesses 40 anos quando vejo em torno de mim todas as homenagens aos 50 anos de Maio de 1968, seu espírito revolucionário, suas promessas de futuro que ainda estão aí, ora nos assombrando como fantasmas, ora nos animando a ir às ruas de novo e mais uma vez. Há debates, livros, seminários, e há sobretudo o fato de que, se na França ou na Alemanha 1968 é um marco em direção a um novo futuro, no Brasil é o ano do assassinato, pela polícia, do estudante Edson Luís, da Passeata dos Cem Mil e da decretação do AI-5.

Antes que cheguem os homens

Adriana Armony

16.11.17

A seção Primeira Vista publica todo mês textos de ficção inéditos, escritos a partir de fotografias selecionadas no acervo do Instituto Moreira Salles. O autor escreve sem ter informação nenhuma sobre a imagem, contando apenas com o estímulo visual. Neste novembro, Adriana Armony foi convidada a escrever sobre uma foto de Juan Gutierrez.

Um país malvado

José Geraldo Couto

14.04.17

“O Brasil é um país malvado”, disse o exibidor Adhemar de Oliveira durante um debate sobre “Aquarius” em São Paulo, há um ano. Dois novos filmes permitem entender – e comprovar – essa frase terrível: o documentário Martírio, de Vincent Carelli, e a ficção Joaquim, de Marcelo Gomes.

Lima Barreto e a Missa Campal

Lima Barreto

17.05.15

A Lei Áurea, assinada em 1888 e garantindo o fim da escravidão no Brasil, foi celebrada com uma Missa Campal com a presença da Princesa Isabel. Recentemente, a Brasiliana Fotográfica analisou fotografia clássica do evento e descobriu a presença de Machado de Assis na imagem.

Machado não foi o único grande escritor a estar presente naquele dia. Lima Barreto também foi, com 7 anos. Em 1911, ele escreveu uma crônica sobre o momento histórico. O Blog do IMS republica o texto.

A causa comum da alegria

Elizama Almeida e Laura Klemz

28.02.14

Através de pesquisa na coleção José Ramos Tinhorão, sob a guarda do Instituto Moreira Salles, Elizama Almeida e Laura Klemz recuperaram algumas charges e textos publicados nas revistas "O Malho" e "Careta" do carnaval de 1914, época de "revoluções, tomadas de poder, bombardeios nas cidades do interior, desemprego, problemas de saúde e ordem pública, miséria, seca e muitos boatos relacionados ao governo".