A poesia é a voz frágil da gente
Maria Rita Kehl
01.06.11
Não sei se ainda existe lugar no panorama contemporâneo para o poeta ingênuo, no sentido que lhe atribuiu Schiller, em oposição ao - não entendo bem a escolha do termo - sentimental.
O inferno são os outros
Armando Freitas Filho
30.05.11
O Brasil, às vezes desespera, não é mesmo? Há quanto tempo a gente vai acompanhando o nosso país! Como o nosso grande Vinicius de Moraes em "Pátria minha": "A minha pátria é como se não fosse, é íntima/ Doçura e vontade de chorar; uma criança dormindo/ É minha pátria"
Só vai sobrar a lua cheia
Maria Rita Kehl
25.05.11
Já escrevi contra o projeto do Aldo Rebelo quando tinha a coluna no Estadão. Todos sabemos o quanto o projeto é lamentável, quanto é cínica a alegada defesa dos pequenos proprietários - que só favorecerá os grandes - feita pelo deputado do PC do B. Ele sabe disso, também. Já reparou na expressão constrangida, envergonhada mesmo, que ele tem nas fotos e entrevistas na TV, desde que encampou a bandeira da devastação do que restou de verde no interior do Brasil?
A moça na máquina de escrever
Armando Freitas Filho
23.05.11
A fragilidade exposta, quando por escrito, fica exagerada. Afinal, tenho a minha "navalha na liga": o rancor que dura anos, companhia malsã, mas companhia, que, às vezes, acaba me cortando mais do que ao outro. Até porque o que pode ser mais íntimo que um inimigo bem plantado e cultivado? Como esquecê-lo?
Infância paulistana
Maria Rita Kehl
18.05.11
Da última vez, prometi que na carta seguinte, esta aqui, tentaria reproduzir a experiência olfativa e epidérmica da minha São Paulo dos anos 1950, durante a chamada primeira infância.
Cartão-postal de sempre
Armando Freitas Filho
16.05.11
Mas esse texto, essa carta não vai só para você; o suporte dela chega a ser insuportável de tão grande. Imaginar que alguém possa estar me lendo no Polo Norte me dá, juro, uma aflição danada, uma agorafobia que não combina com meu modo de ser, com o que sei escrever, pois o poema moderno, só muito raramente é sinfônico, sua música é de câmara, ouvida geralmente, por audiências pequenas.
O Rio proustiano
Maria Rita Kehl
11.05.11
Se é assim, meu proustiano do coração, vamos às reminiscências. Tento recuperar as lembranças de minha primeira chegada ao Rio. Eu tinha oito anos. Viajamos no Ford 1953 cujo apelido familiar era: William.
Casquete de lã – Por Armando Freitas Filho
Armando Freitas Filho
09.05.11
clique aqui para ver a carta anterior Pois é, Ri. Como escrever cartas agora? Tenho a impressão de que escrevi no último fim de semana todas as cartas possíveis, todas as cartas do mundo, só que conversadas. São cartas na fase oral. Quando você chega aqui em casa, sinto que, enfim, chegou em casa. Depois... Continue reading →
O Rio não para de chegar
Maria Rita Kehl
04.05.11
Engraçado te escrever uma carta dias depois de ter conversado tanto tanto com você e Cri, aí no Rio, do nosso jeito: na copa enquanto o molho apurava no fogão, a portas fechadas, depois passando para a sala de jantar, e a de "visitas" - estranho a permanência desse nome no espaço mais generoso da casa, mas não aceito chamá-lo de living - e ainda na calçada à espera do táxi, perto do cocô do cachorro, até os 47 minutos do segundo tempo.
O tempo em câmera lenta
Armando Freitas Filho
02.05.11
<a href=”http://www.blogdoims.com.br/maria-rita-kehl/a-preguica-do-samba/”>Clique aqui para ver a carta anterior</a></strong> Ri: Me interessa, e muito, essa “preguiça” fora da gaiola. Dessa preguiça na natureza, ou a natureza da preguiça a espreguiçar-se na origem da coisa, do fazer, e a “duração” do pré-movimento pleno. Falo, também, do bicho que desde pequeno me intrigou (teria um furo ou uma... Continue reading →
