Conversas na galeria: Sergio Burgi
Equipe IMS
13.07.15
Entre as obras que integram a exposição Rio: primeiras poses, em cartaz no IMS-RJ, Sergio Burgi, o curador e coordenador de fotografia do Instituto Moreira Salles, conversou com o público no dia 5 de maio sobre estas primeiras imagens do Rio de Janeiro, destacando não apenas aspectos de transformação urbana da capital fluminense, mas também a evolução técnica da arte fotográfica.
Rio, cidade ausente, cidade em chamas
José Geraldo Couto
28.03.14
José Geraldo Couto comenta a animação Rio 2, de Carlos Saldanha, e contrapõe o filme a Rio em chamas, longa-metragem coletivo produzido sob coordenação de Daniel Caetano, e à conturbada situação atual do Rio de Janeiro e do Brasil.
As cores do Rio aos olhos de Marc Ferrez
Sergio Burgi
01.03.13
Para celebrar os 448 anos da cidade, comemorados neste 1º de março, o IMS mostra parte das primeiras fotos coloridas que se conhece do Rio, feitas por Marc Ferrez no início do século passado. Em 2013, completam-se 170 anos do nascimento do fotógrafo e 90 de sua morte.
Não ganharemos a Copa em casa
Aldir Blanc
03.11.11
Um amigo foi a São Paulo ver um jogo e ficou o tempo todo prestando atenção em Adilson Já-Caiu. Meu amigo, com papel e lápis, fazia um pauzinho para cada "instrução" do elogiado técnico (as torcidas que o brindaram com diversos nomes podem confirmar quanto ele foi elo- giado...). (...) Para resumir esses excelentes salários que não coincidem com a realidade em campo, podemos citar a figura zen do Enrolador-Mor: Mano Menezes. À exceção de raras jogadas individuais, ainda não consegui ver N-A-D-A na seleção (...). Não ganharemos a Copa em casa - até porque a casa não é nossa. Trata-se de um aparelho do PC do B.
Memórias flutuantes
Arthur Dapieve
17.10.11
Jogar bola na praia me ensinou muito do que sei sobre lealdade, anos antes de eu saber que o Camus tinha escrito mais ou menos a mesma coisa sobre o tempo em que jogou de goleiro em Argel. Só que eu jogava de zagueiro. Fazia dupla feroz com um sujeito cujo apelido era Corvo no time "do Othon" (minha turma não era nem a da Miguel nem a da Xavier da Silveira, mas a que ficava entre as duas ruas, na faixa de areia em frente ao hotel, em instrutiva convivência com as piranhas e os gringos). Mais de um atacante parrudo se surpreendeu derrubado depois de levar uma bordoada firme de um sujeito com meu físico de existencialista.
O mito da Zona Sul
Aldir Blanc
13.10.11
Vamos para Copacabana. O inesquecível para mim não era o mar, mas a fragrância, misto de perfume e ânsia, que sentia ao sair do Túnel Novo. Menino precoce, sempre associei aquele cheiro a mulheres bonitas de perna grossa. Lembro que a família estava reunida em um almoço domingueiro, na rua dos Artistas, em Vila Isabel, quando meu tio mais novo disse, em tom de quem não admitiria palpites contrários: - Semana que vem, vamos mudar para o Leme, em Copacabana. Minha avó materna (...) ficou pálida e benzeu-se, como se tivesse ouvido que titio iria, com a esposa e minha priminha Valéria, para Sodoma.
Exílio em Laranjeiras
Arthur Dapieve
10.10.11
O copacabanense também representa o grosso nato, mas posa de homem do mundo, com cafajestadas em vários idiomas. Hoje, como autoexilado em Laranjeiras, já não me relaciono bem com minha terra quase natal (nasci no Hospital da Lagoa, de pais que então moravam em Ipanema e logo se mudaram para o Posto 5 da minha infância, adolescência e primeira maturidade). Não porque eu tenha deixado de ser grosso. Ao contrário, piorei. Como a "Princesinha do Mar", que está mais para "Rainha Mãe do Brejo", velhota que insiste em se vestir de prostituta infantil. Falta-lhe senso de ridículo.
A Tijuca Profunda
Aldir Blanc
06.10.11
O tijucano - e sou um deles - me horroriza e fascina. É um falso machão. Entra em casa, com umas cervejas na cabeça, e grita, dá decisão, mas se a patroa encarar, a maioria bota o galho dentro. Reina, coçando acintosamente o que a Liesa chama de genitália, na frente do buteco, carta marra na purrinha, mexe com as gostosonas (sem falsa modéstia, são muitas) que passeiam. Umas ficam indiferentes; poucas bancam as vaconautas, olham pra trás e sorriem. Agora, se uma delas parar, de mãos nas cadeiras, e chamar "Vem cá, meu gato, que a mamãe resolve esse atraso todo!", o cara corre feito o Usain Bolt.
Cartão-postal de sempre
Armando Freitas Filho
16.05.11
Mas esse texto, essa carta não vai só para você; o suporte dela chega a ser insuportável de tão grande. Imaginar que alguém possa estar me lendo no Polo Norte me dá, juro, uma aflição danada, uma agorafobia que não combina com meu modo de ser, com o que sei escrever, pois o poema moderno, só muito raramente é sinfônico, sua música é de câmara, ouvida geralmente, por audiências pequenas.
O Rio proustiano
Maria Rita Kehl
11.05.11
Se é assim, meu proustiano do coração, vamos às reminiscências. Tento recuperar as lembranças de minha primeira chegada ao Rio. Eu tinha oito anos. Viajamos no Ford 1953 cujo apelido familiar era: William.