Ao conceber a exposição Anri Sala: o momento presente para o Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro, o artista albanês diz ter pensado fundamentalmente no equilíbrio entre a primeira função da casa, residencial, e a atual, de caráter institucional. Em conversa com a curadora Heloisa Espada dia 10 de setembro, na abertura da mostra – que ficará em cartaz até dia 20 de novembro –, Sala disse que procurou apresentar suas obras no IMS encenando a casa “de um modo diferente, um pouco mais parecido com o que era antes. Algo mais próximo do doméstico e mais distante do institucional”. Ele distribuiu as instalações sonoras, vídeos e fotografias pelos espaços, levando o público a circular por caminhos pouco usados, e a perceber e valorizar a arquitetura em torno.
Na conversa com Heloisa (aqui na íntegra, sem legendas), o artista, que no próximo ano fará uma nova exposição no Instituto Moreira Salles de São Paulo, também pensada especialmente para o lugar, fala sobre seu processo de trabalho, que mistura som, arquitetura, política, memória e história. “Para mim é muito importante avançar por subtração, tirando ao invés de adicionar”.