Em processo

A felicidade genital

Marçal Aquino

21.09.18

Em 2012 esbarrei num personagem, um falso conde chamado Emanuel, e me interessei em acompanhar suas peripécias amorosas em período impreciso do Brasil colonial. Logo percebi que se tratava de uma farsa erótica, sem nenhum rigor histórico, muito diferente de tudo que escrevi até agora.

O corpo interminável

Claudia Lage

21.08.18

O livro surgiu de uma fotografia que vi em 2011. Ela me perseguiu por um tempo e, enquanto eu escrevia, começou a perseguir também os personagens, fazer parte da trama, se desdobrar em outras imagens e narrativas.

Vamos chamá-la de Maria

Adriana Armony

10.07.18

Li uma matéria impressionante sobre uma mulher do Centro-Oeste do Brasil, vítima de tráfico sexual para Portugal, e sob o impacto dessa história passei um carnaval e uma semana santa no computador, imaginando o entrelaçamento de duas narrativas: as experiências erótico-amorosas de uma mulher de classe média e as noites assustadoras da escravidão sexual dessa personagem que chamo de Maria e que poderia ser qualquer mulher.

Sororidad

Daniel Pellizzari

03.05.18

Por um balaio de motivos, dos práticos aos patológicos, escrevo ficção muito devagar. Essa lentidão acabou transformando o que seria meu novo romance em um livro com três narrativas independentes. A primeira se chama Sororidad e narra as histórias entrecruzadas de uma mulher com disforia de espécie – nasceu humana, mas se identifica como cabra – e de um grupo de argentinas que, ao serem abandonadas nas estradas do Rio Grande do Sul, se unem para criar uma comunidade rural isolada do resto do mundo.

Tupinilândia

Samir Machado de Machado

28.03.18

Tupinilândia é um pouco sobre uma infância que parece colorida e divertida quando vista em retrospecto, exceto que o país era uma ditadura, a violência urbana era tão ou mais forte que a atual, AIDS era uma palavra proibida e a economia ia tão mal quanto o casamento dos meus pais.

Enterre seus mortos

Ana Paula Maia

15.02.18

Fazia tempo que eu não passava algumas horas por dia com o Edgar Wilson, personagem que está presente na maioria dos meus livros. Ele sempre volta e eu sempre o conheço um pouco melhor. Eu queria falar sobre homens e animais, assunto recorrente para mim. Mas dessa vez eles estão mortos e eu só poderia falar de algo assim seguindo os passos dele, de Edgar Wilson, porque ele ampara todo o meu assombro.

Nunca mais outra vez noutra sombra

Evandro Affonso Ferreira

29.11.17

Sempre que escrevo um livro deixo título provisório na gaveta do criado-mudo: sei que mais cedo, mais tarde, aparece o título definitivo. Foi o que aconteceu dois meses atrás quando atravessava uma rua de São Paulo. Calor infernal. Fico ao lado de poste cuja sombra tinha meio metro, mais ou menos. De repente, moça-morena-bonita pega carona nela, minha sombra. Ela percebe a invasão. Sorri. Sinal abre. Ela atravessa a rua correndo. Eu fico. Abro minha sacola de pano, pego papel, caneta e anoto: Nunca mais outra vez noutra sombra.

Alguns dias violentos

Ismar Tirelli Neto

09.10.17

Alguns dias violentos é o título do livro que estou terminando de aprontar.  Ando preocupado com a ideia de escrever textos cada vez mais consequentes, sem fugir ao plano da experiência imediata. Penso que o fim do mundo é uma espécie de morada, que tem a sua domesticidade, que também pode abrir-se para uma cena íntima.

Preocupações e outros poemas

Ana Guadalupe

21.08.17

Preocupações e outros poemas é o título provisório de um livro em que decidi reunir poemas inéditos e não tão inéditos sobre medos banais. Tenho abraçado o “confessional”, a primeira pessoa e as construções que tentaria evitar. Gosto de ler poesia que quase chega ao ridículo e acho que ainda não consegui fazer isso como poderia.

Quem é Josenildo?

Ana Maria Gonçalves

26.07.17

Quem é Josenildo? se passa em São Paulo, em 2064, depois que o estado se separa do Brasil e se torna um país independente. É a história de um garoto de 13 anos que simplesmente desaparece, deixando pistas que levam a três linhas de investigação: pode ter se suicidado (seguida pelos colegas), pode ter fugido de casa (seguida pela polícia), e pode ter sido sequestrado (seguida pelos pais). Durante as investigações, vão surgindo personalidades bastante distintas para o Josenildo que cada um achava que conhecia.