A estranha vida das cidades

Não há dúvida de que parte da frustração e do fascínio que São Paulo continua a exercer sobre seus habitantes vem da dificuldade em domesticar inteiramente o espaço urbano. As fotografias em preto e branco de Mauro Restiffe, expostas no IMS-RJ até domingo (28), são um bom exemplo de como a arte pode refletir sobre as cidades.

Conversas na galeria: Ronaldo Brito

O crítico e professor de história da arte Ronaldo Brito falou da obra de Richard Serra na série Conversas na galeria, refletindo sobre o “peso escultórico” dos desenhos expostos no IMS-RJ, debatendo com a plateia maneiras diferentes de se ver um quadro e acerca do que aproxima e do que afasta Serra do pintor russo Malevich.

A desconstrução na e da política

Cerca de 50 anos após Jacques Derrida definir o conceito de “desconstrução”, o termo foi vulgarizado nos discursos dos marqueteiros das campanhas presidenciais, que fingem ser possível traduzir a voz das ruas – pretensão desautorizada pelas ruas, que questionam a própria ideia de representação.

Retrato do artista

Esta fotografia de Hans Gunter Flieg foi criada como publicidade de uma nova calculadora eletrônica produzida pela Olivetti. Mas, sem qualquer legenda, o que a imagem nos diz? Livre do contexto para a qual foi produzida, deixa mais patente sua construção e sua força expressiva.

Rio, eu te amo, entre o cinema e o turismo

Rio, eu te amo é o novo produto da franquia “Cities of love”, que já tinha homenageado Paris e Nova York. A cidade real, com sua pulsação, sua humanidade única e contraditória, só aparece aqui e ali, quase por acidente, nos dez segmentos dirigidos por cineastas do Brasil e do exterior. No todo, é pouco mais que um filme superficial e turístico.

O espectador cineasta

O IMS-RJ promove, entre os dias 13 e 21 de setembro, um ciclo de filmes com trabalhos de José Luis Guerín, diretor espanhol de origem catalã. Neste depoimento, o cineasta argumenta que o conceito central do cinema é a equação entre acaso e controle. Ao contrário de Ozu, seu grande mestre, Guerín afirma permitir que o imprevisível ocorra no set.

Sexo, religião e política

Nos dias de hoje, a autoridade religiosa tomou a dianteira, com a disseminação dos fundamentalismos e a tentativa de impor seu valor aos descrentes. Os escritos do francês Georges Bataille (1897 – 1962), movidos pela transgressão, buscam um enfrentamento contra a religião, o conservadorismo e o beletrismo.