Em nome da filha

Em processo

31.05.17

Escrito em junho de 2016, o trecho abaixo é o prólogo do meu próximo romance, ainda sem nome (carinhosamente apelidado a título provisório de Em nome da filha), que tem como temas principais a alienação parental, conceito proposto por Richard Gaardner nos anos 1980, e a legalização das drogas. Como pano de fundo, a disputa pelo controle do narcotráfico entre direita e esquerda dos anos 1970 aos dias de hoje, em especial na região amazônica, a corrupção nos Três Poderes (da base ao topo) e o estado policial rumo ao qual caminhamos desde as Jornadas de Junho de 2013. Vale frisar: Fidel morreu horas depois do acordo de paz entre as FARC e o governo colombiano ser enfim ratificado, em 25 de novembro de 2016. Em nome da filha é meio que a continuação de Eu, cowboy, estando mais para um universo paralelo ao apresentado no meu romance de estreia.

 

Nada de errado

São Paulo, 29 de abril de 2015

Acabei de chegar de Havana e já na livraria do aeroporto de Guarulhos procurei um Moleskine de Bogotá. Explico: como não encontrei um Moleskine de Havana (deve existir, só não encontrei) e como após os meses na Europa se tornou tradição levar um Moleskine novo em cada viagem a uma cidade ainda por conhecer, levei esse caderninho do Laranja mecânica que veio de brinde quando comprei o livro e, pra compensar, pensei em comprar logo o de Bogotá. Não encontrei. Os planos de viagem incluem Medellín e Cali, de modo que pelo visto terei bastante trabalho pra descolar três Moleskines de uma vez, se é que vou encontrá-los. Devem existir.

No avião, entre Whiplash e This Is the End, fiquei pensando na última conversa que tive com Cato sobre as negociações de paz entre o governo da Colômbia e as FARC, cujo 35o ciclo ocorreu como de praxe na capital cubana, concomitante ao período em que passamos na Escuela de Cine em San Antonio de Los Baños. Vítimas do conflito armado em pauta. Saldo (oficial) de uns 220 mil mortos e sete milhões de desplazados em quase sessenta anos. “Já é hora de exigir que os arquivos secretos [da luta contra os insurgentes] sejam abertos”, protestou o comandante guerrilheiro Paulo Catatumbo numa das reuniões. Certinho. No entanto: um mea culpa bem que viria a calhar.

Não se tratam apenas da expulsão de campesinos e indígenas de seus territórios, das mulheres estupradas pelo caminho, das execuções, de qualquer outro crime contra a humanidade assumido ou não pela organização (e demais grupos paramilitares, afora o próprio Estado). O que mais nos chocou foi o boato rolando pela Escuela sobre a existência de uma rota do tráfico de coca que ligaria as FARC a oficiais do governo Venezuelano, e estes a grupos terroristas islâmicos atuantes na África. Sendo verdade, faria total sentido a conexão entre a recente abertura de Cuba e o fato das negociações de paz estarem sendo realizadas em Havana.

Mas o ônibus já vai partir, continuo depois.

 

Belém, 18 de maio de 2015

Li que no último dia 9 o Conselho Nacional de Narcóticos da Colômbia suspendeu, por 7 votos a 1, e a pedido do presidente Juan Manuel Santos, as fumigações aéreas com glifosato. Outro fator de deslocamento populacional em massa: além das doenças dermatológicas e da perda de cultivos sem relação com a coca, estudos já identificaram a relação entre o agrotóxico e o linfoma não-Hodgkin, além de má-formação fetal. No livro Nuestra guerra ajena, o jornalista Germán Castro Caycedo afirma que tais fumigações são feitas por mercenários yankees, ex-soldados do exército norte-americano, como forma de mapeamento e pré-apropriação do território amazônico e suas riquezas naturais (leia-se água), valendo-se do narcotráfico como bode expiatório. Algo como o que fizeram no Oriente Médio de olho no petróleo (em missões oficiais), usando o terrorismo como desculpa. Narcotráfico com terrorismo internacional, que bela de uma guerra não daria. Tomara que o próximo presidente dos Estados Unidos não acabe sendo o Trump.

 

São Paulo, ​2 de outubro de 2015

A casa caiu. O boato parece ter se confirmado: o judiciário norte-americano​ indiciou dois oficiais venezuelanos por tráfico internacional de drogas – Pedro Luís Martín, ex-chefe da inteligência financeira do serviço secreto, e Jesús Alfredo Itriago, ex-investigador da polícia antinarcóticos. Lembrei desse caderninho. Cato ficou surpresa com minha ligação via Messenger. Conversamos horas sobre a informação. Confirmar a suposta relação com o terrorismo islâmico será uma questão de meses, senão semanas. Ou a esquerda latino-americana toma providências morfofisiológicas agora, com o devido radicalismo e horizontalidade que o momento exige, ou em breve, muito em breve, até o tarde demais vai caducar.

Acho que já se pode concluir sem medo de cair no ridículo: em seu leito de morte, por mais que negue no papel do bom marido traído, Fidel preferiu ver sua amada pátria de braços abertos para os norte-americanos do que sofrer por antecipação na certeza de que seu povo, os filhos por quem arriscou a vida em Sierra Maestra, acabariam se rendendo aos encantos do narcotráfico quando ele viesse enfim a falecer, e Cuba se tornasse um novo e almejado entreposto da coca, escala pra camicases. Daí também as negociações de paz ocorrerem em Havana, Raulzito tocando na toada del hermano mayor. Pacificar a Amazônia Colombiana, desarmando as FARC e consequentemente “exonerando” os guerrilheiros do serviço de guarda aos produtores de coca associados aos terroristas africanos, foi o seu canto de cisne. Desculpa ainda melhor do que os soviéticos seria a ameaça comunista do século XXI: o fundamentalismo islâmico.

Coincidentemente, recebi um alerta de passagem pra Bogotá a 700 dilmas. Um porém. Não acredito em coincidências.

 

Bogotá, 25 de novembro de 2015

Cães farejadores em praticamente toda esquina da Zona Rosa, primeira parada tão logo saí do aeroporto. Perguntado se o motivo eram as drogas, um segurança particular me confessou: “Aqui ninguém se importa com isso de droga, o problema mesmo são as bombas”. Fui atropelado por uma bicicleta a caminho de Chapinero, ainda me acostumando com ciclovias no meio das calçadas. Ao que parece, ninguém se importa mesmo com o livre consumo de drogas em Bogotá. Hipsters davam seus tecos despreocupados no meio do salão de um inferninho na Zona G. Encontrei a anfitriã do hostel onde me hospedaria em Usáquen na companhia de uma amiga de infância, então namorada de um dos DJs da casa e traficante nas horas vagas. A amiga de infância me ofereceu a melhor cocaína que eu tinha experimentado até o namorado em si aparecer (de muletas: o casal quase levou o farelo há algumas semanas quando a moto recém-comprada do rapaz se chocou a 140km/h contra uma camionete na contramão) e estourar minhas narinas com o pó mais puro que já cheirei na vida.

 

Bogotá, 26 de novembro de 2015

Peguei a senha com um informante na Calle 16 com a Carrera 14, uma rua inteira tomada por oficinas mecânicas, motocicletas enfileiradas de um lado e  do outro por toda a extensão do longo quarteirão, sujeitos mal-encarados e sujos de graxa, cúmbia estourando nos alto-falantes, fumaça de churrasco barato e mil escapamentos empesteando o ar. Bem mais adiante, pombos e mendigos disputavam espaço nas portas dos pequenos cassinos ladeando o chafariz no centro da Av. Jimenez de Quesada, onde me sentei pra fumar um cigarro e enfim seguir rumo à Calle 13 com a Carrera 7, na altura do Ed. Henry Faux, bem em frente à Iglesia de San Francisco: ponto de venda ilegal de esmeraldas em plena luz do dia, um bando de velhinhos segurando lenços cheios de pedrinhas esverdeadas. Soprei a senha no ouvido do senhor vestindo uma ruana púrpura, conforme fui orientado, e ele me conduziu prédio adentro. Tomamos o elevador e subimos até o último andar. Enfim cara a cara com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

já hospedado num casarão antigo no centro histórico após nove horas de viagem num ônibus a subir e descer os montes ao longo do distrito macondense de Santander, nada muito diferente de qualquer beira de estrada América Latina céu afora, resolvi beber. Plaza de los Periodistas, descendo a Carrera 46. Uma lea tão bêbada quanto acabei ficando me ensinou o significado do verbo juniniar, Carrera 46 acima e quarto adentro e quase cama abaixo. Descobri também que caco aqui é: ladrão. Qué chimba!

Enquanto isso, em Havana, o chefe da delegação do governo da Colômbia, Humberto de la Calle, anunciava os 15 princípios pra manutenção da paz “a todos os colombianos”, dentre os quais: a verdade é o ponto de partida para a reconstrução do tecido social.

 

Medellín, 30 de novembro de 2015

Cato está a trabalho em Bucaramanga, vi no Facebook, e pelo visto nem vamos nos encontrar. Ela nem sequer teve a chance de responder minhas mensagens. Ou simplesmente não quis responder nada que envolvesse a herança histórica do assassinato de Jorge Eliécer Gaitán em 1948 e a ditadura que se seguiu em 1949, culminando no nascimento das FARC em 1964. Compreensível. Ao menos pra mim. Tive a chance de discorrer sobre o assunto para três meninos no Museo Casa de la Memoria, que se encantaram com a história do brasileiro investigando causos sobre as ligações entre Colômbia e Brasil na seara do narcotráfico. Tratei de dar o fora o quanto antes, com a sensação de ter falado demais. Qué chanda…

De lá, parti rumo a El Poblado, bairro onde se deu o célebre atentado à família de Pablo Escobar no Ed. Mónaco. Hoje, segundo a fonte com quem me encontrei, El Poblado é tomado por laboratórios de refinamento montados em mansões vizinhas às residências da elite paisa e controlados pelos cartéis mexicanos. Após a morte de Escobar e a queda dos irmãos Rodríguez Orejuela em Cali,

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

e hoje já não passa de ponto de turístico com escadas rolantes até o topo (teoricamente destinadas aos idosos da Comuna 13) onde o maior perigo que se corre é pisar por acidente num filhote de pitbull deixado meticulosamente atrás da fileira de instagrameiros amontoados no mirante e o dono do cãozinho cobrar do incauto turista o valor de uma consulta ao veterinário. Sem pressão.

 

Cali, 3 de dezembro de 2015

Tinha um encontro marcado no Parque del Perro às onze da noite, no Blondie, hora e local definidos por insistência da fonte. Fui caminhando da casa onde estou em San Antonio, confiante que só eu após uma madrugada de salsa e rumba no Tin Tin Deo com minha anfitriã, Karla, bailarina holandesa e professora particular de dança. A fonte, claro, nunca deu as caras. Já passando da meia-noite, resolvi pegar o beco. Mas antes, claro, tive de conferir de perto a famosa estátua do cachorro que dá nome à praça. Praticamente o único branco entre a multidão aglomerada ao redor do cordão de carros cuspindo cúmbia que circundava o parque. Sentia todos os olhares em minha direção. Só piorou conforme fui me embrenhando rumo ao centro, hacia el perro. Conjuntivas reluzindo o mosaico dos faróis que transpunham as copas baixas das árvores em meio ao breu. E a bocarra do cachorro alabastrino feito uma aparição abrolhando bem na minha cara, língua de fora. Instante em que me dei conta da cagada em que tinha me metido. Aí sim tratei de pegar o beco. Só que peguei o beco errado. Todo um quarteirão tomado por uma muralha. Bem no meio, uma árvore cujo tronco tortuoso ocupava quase a calçada inteira, invadindo os limites da murada. Duas opções: seguir reto pela brecha entre a árvore e o muro, talvez o azar de uma escada, ou contorná-la pelo asfalto. Tão logo fiquei com a primeira, escutei o ronco do motor e de imediato uma moto me fechou e joguei as mãos ao alto. Sim, uma arma apontada pra mim. Sim, cerrei os olhos o mais forte que consegui e passou o tal filme inteirinho e tudo o mais com um “fodeu, me descobriram” em loop de trilha sonora – mas só uma vez, uma vez e meia, o tempo do sujeito enfiar a pistola de volta na cintura e duas mãos enormes vasculharem meus quatro bolsos em três segundos e levarem tudo: caderninho, celular, carteira com identidade e cartão de crédito, trinta mil pesos e dois maços de cigarro. Nem sequer um cigarrinho pra aliviar o stress o marica me deixou. Só a caneta.

Logo dobrando a esquina, eu já recuperado do choque, meu caderninho jogado no asfalto. Devolvido, ou descartado, Páginas com quaisquer combinações de números: arrancadas. Peguei a Calle 5 e voltei pra “casa”.

 

Cali, 4 de dezembro de 2015

Com apenas vinte mil em cash, meu destino parecia mesmo jamais sair de Cali. No entanto: por telefone, consegui persuadir o gerente do banco (valendo-me de toda a plata que me restava) a liberar meu cartão de débito, ainda que eu não pudesse fazê-lo presencialmente conforme manda a cartilha. Chévere. Plano B: da rodoviária direto ao aeroporto de Bogotá, sem escalas.

 

Belém, 17 de dezembro de 2015

A Polícia Civil apreendeu ontem um submarino em construção numa ilha perto de Vigia, nordeste do Pará, supostamente a mando do narcotráfico. Capacidade pra 30 toneladas de cocaína – ou pólvora, tanto faz. O centro-norte da Colômbia, controlado pelos cartéis mexicanos, apossando-se dos rios amazônicos como escoadouro alternativo ao Pacífico, já por demais monitorado pelas autoridades. De resto, todos estamos cansados de saber: submarinos são bem mais discretos do que helicocas.

 

São Paulo, 17 de fevereiro de 2016

Numa entrevista publicada na edição de hoje do Diario Las Américas, talvez a pá de cal na esquerda bolivariana: Javier Cardona Ramírez, ex-chefão do narcotráfico na Colômbia nos anos oitenta, acusou Diosdado Cabello, oficial do alto-escalão do Governo Venezuelano, de chefiar o Cartel de los Soles ao lado do irmão José David e do Coronel Hugo Carvajal, os quais venderiam cocaína ao Estado Islâmico, Al-Qaeda e Hezbollah na África. Ramírez chegou a comparar Cabello ao mexicano El Chapo, tamanho o controle de los Soles sobre os esquemas na região que movimentariam entre 40 e 50 toneladas de coca por mês, compradas das FARC, valendo-se da Guarda Nacional Venezuelana. A campanha de reeleição de Maduro em 2014, inclusive, teria sido financiada com dinheiro do cartel – ao que parece, sem a ciência do sucessor de Chávez.

Descobri que não: não existem Moleskines de cidades latino-americanas. Foi Cato quem disse, rindo da minha indignação. Reapareceu. Proseamos sobre sua vinda ao Brasil.

 

São Paulo, 17 de março de 2016

Se faltava alguma coisa? Não falta mais: nossa lei antiterrorismo emplacou.

 

São Paulo, 18 de março de 2016

​Na Colômbia: semana passada o Senado aprovou por votação unânime a Reforma da Lei de Ordem Pública. Zonas de concentração às FARC e suspensão das ordens de captura dos guerrilheiros garantidas.

No Brasil: um golpe de Estado em marcha, mas todas batendo palminhas pro Lula na Av. Paulista. Depois de muito pensar, resolvi não ir. Da feita que se desvenda a rota FARC/Venezuela/Isis-AlQaeda, entende-se de pronto a equação brasileira e o racha no Partido dos Trabalhadores: turma de Lula/Falcão de um lado, turma de Dilma/Genro do outro. Dirceu no meio. A sutil e insustentável diferença entre políticos e guerrilheiros. Viva Bessias!

 

São Paulo, 11 de abril de 2016

Lula afirma ao jornalista britânico Glenn Greenwald, em entrevista exclusiva concedida ao Intercept, ser contra a legalização das drogas. Entre otras cositas más.

OBS: Pesquisar sobre “O Caso Atibaia” revelado em 2000 na CPI do Narcotráfico, em que foram denunciados assassinatos ocorridos em Maricá, no Rio, com o suposto envolvimento de empresários atibaienses. Só melhora.

 

São Paulo, 4 de maio de 2016

Eis que o Conselho Nacional de Entorpecentes da Colômbia autorizou hoje a retomada da fumigação com glifosato. Agora manual. Em miúdos: guerra finda, as FARC desarmadas, área devidamente despovoada post-desplazamientos, o avanço de ora em diante é por terra, não mais pelo ar, com a consequente prisão em flagrante dos produtores (“terroristas”) ainda na ativa. Amazônia Legal pacífico-legalizada. Os Estados Unidos se tornam não apenas mantenedores da região como também do principal polo produtor de cocaína do mundo. A culpa foi da esquerda, que deu motivos. Que julgou que a direita ficaria olhando tudo calada, de braços cruzados. Não ficou.

 

São Paulo, 17 de junho de 2016

Pouco mais de um mês após ser determinada a preferência na tramitação do processo do helicoca, Gustavo Perrella, que recebeu duas ligações do piloto antes deste decolar com o helicóptero de sua família e os 445 kg de cocaína rumo a uma fazenda no Espírito Santo, foi nomeado (a mando do pai, Zeze) Secretário Nacional de Futebol da Ditadura Temer. Segundo o piloto o Paraná estava na rota, e a coca ficava armazenada em Janiru, interior de São Paulo, vinda do Paraguai. Há alguns dias, o Estadão publicou uma entrevista com o jornalista inglês Misha Glenny, em que ele lembrou o caso do carregamento de coca exportada pra Espanha dentro da carne bovina despachada por um frigorífico no interior de São Paulo, esquema descoberto em setembro de 2015 pela Polícia Federal na Operação Caravelas no qual a droga chegava de avião ao Mato Grosso do Sul e de lá também seguia ao Paraná, mas vinha da Colômbia, mais precisamente de Medellín. Mera coincidência, claro: era bucho. Aécio até aceitaria seu nome ligado à muamba trazida do Paraguai pra despistar, contudo: à carne de segunda, jamais.

 

São Paulo, 22 de junho de 2016

Hay un Acuerdo de Paz: cessar-fogo bilateral oficialmente firmado.

Vou-me embora pra Colômbia?

 

São Paulo, 24 de junho de 2016

Dilma exulta o que chamou de feito histórico: “É de se festejar o acordo de paz entre governo colombiano e as FARC alcançado em Havana”. Nenhuma palavra de Lula.

Por sinal: nem de Cato. Nunca mais mandou notícias.

 

Belém, 18 de julho de 2016

Está nas mãos do povo colombiano: a Corte Constitucional aprovou o plebiscito pra referendar o acordo de paz com as FARC.

 

Santarém, 20 de julho de 2016

Enquanto isso, no Brasil, descobre-se que o Datafolha manipulou os dados de sua pesquisa e tratou de calar a voz do povo que conclamava por novas eleições.

 

Monte Alegre, 21 de julho de 2016

Por que não me surpreende o fato de um dos suspeitos de terrorismo presos hoje ser do Amazonas? Ao que parece, os golpistas venderam mesmo a floresta amazônica aos norte-americanos em troca da paz e da ordem, do progresso de alguns poucos. Jungmann, por exemplo, da Reforma Agrária ao Ministério da Defesa. Desarticulador de mão cheia desde sempre. Com as informações que acabo de colher cá pras bandas do Tapajós, estou convicto de que antes do que se espera

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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