No monastério não há não há luz. Muito menos computador. Estou usando o da loja de lembranças do Tian Tan Buda e a senhora me olha com ar de desagrado – não sei se pelo tempo ou pelo meu ar pesado. O ar pesado que eu ganho quando escrevo.
“Arte moderna e fotografia”: palestra de Jean-François Chevrier no IMS-RJ
O historiador da arte Jean-François Chevrier apresentou, no dia 29 de março, no Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro, a palestra “Arte moderna e fotografia: entre as belas-artes e os meios de comunicação”, na qual discutiu as principais ideias que fundamentaram sua reflexão sobre fotografia. Assista ao vídeo da conferência completa (em francês).
New York, New York
Para contar uma história de não-ditos, de paixões recalcadas, Shame mostra apenas que esconde a história de seus personagens. Desenquadra. Conta o avesso. Recorre ao fora de quadro como uma máscara, sombra, rastro que não somente remete ao reprimido, mas o revela como ele essencialmente é.
Aqui em breve: saiba mais sobre o projeto da nova sede do IMS
O concurso para a escolha do projeto para a nova sede do Instituto Moreira Salles em São Paulo é o tema da revista Monolito, que tem lançamento esta noite na atual sede do IMS em São Paulo, no bairro de Higienópolis. O concurso foi realizado em dezembro do ano passado e avaliou projetos apresentados por seis escritórios de arquitetura brasileiros. O futuro prédio do IMS traz para o centro do edifício um prolongamento da calçada da avenida Paulista, transformando o terceiro andar, vazado, em térreo e ponto de entrada para as demais áreas do conjunto. Translúcido, o museu é envolvido por uma segunda pele – uma espécie de envelope transparente – que permite que do exterior se visualizem as silhuetas das entranhas e dos movimentos no interior do prédio.
Cruz e delícia para o coração
Benditos os que sabem renovar as linguagens cênicas e nos fazem respirar oxigênio novo. Quando, cansados ou atrofiados pela sensação de um mais do mesmo, nos deparamos com um espetáculo inesperado, podemos voltar para casa mais leves, repensando a vida e o amor e cantalorando a força da música de Verdi.
Millôr em som e imagem
Em homenagem ao grande Millôr Fernandes, falecido esta semana, o Blog do IMS relembra o mestre do humor em duas mídias distintas. Veja imagens em preto e branco de Millôr em diversas fases da vida e escute o álbum “Discomunal”, da coleção Tinhorão, apresentado pelo comediante.
Raul, o som e a fúria
O grande feito de Raul – O início, o fim e o meio é o de traduzir em cinema, pulsante cinema, essa trajetória humana e artística destrambelhada. O documentário de Walter Carvalho e Leonardo Gudel reúne uma massa impressionante de materiais – filmes de época, clipes, fotos, depoimentos, notícias de jornal – e os organiza de maneira análoga à produção do biografado, anárquica, explosiva, heterogênea, paradoxal.
Divagar e sempre: Millôr Fernandes
Sérgio Augusto, em 2003, quando da publicação do Cadernos de Literatura Brasileira dedicado ao desenhista, humorista, jornalista, dramaturgo e escritor Millôr Fernandes (1923-2012), aceitou o desafio de selecionar cem de suas melhores frases.
Palestra – Waltercio Caldas fala sobre seu ensaio visual Ficção nas coisas
A convite da serrote, Waltercio Caldas criou para a revista um percurso por imagens, que multiplica as relações possíveis entre palavras e coisas. Os livros são caros ao artista, tanto que muitas vezes servem de suporte para as suas obras.
Waltercio Caldas conversou com o crítico Luiz Camillo Osorio sobre Ficção nas coisas, ensaio visual que concebeu para a revista, no lançamento da décima edição da revista de ensaios serrote.
A minha vida foi mais forte que eu
A ficção de Tabucchi parece uma espécie de desdobramento teimoso da história que contava sobre seu descobrimento de Fernando Pessoa: na década de 1960, em Paris, compra uma edição francesa de “Tabacaria”. É neste poema que Álvaro de Campos afirma: “Não sou nada/Nunca serei nada/Não posso querer ser nada/À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo”. Tabucchi, que agora está morto, dedicou sua energia criativa de escritor ao ofício de receber em si as vozes e os sonhos dos escritores do passado – ser, enfim, um cruzamento de vozes do além, contendo em si, de forma portátil, uma história muito particular da literatura.
