Recursos para pessoas com deficiência visual

O IMS oferece duas novidades para ampliar o acesso dos visitantes. Um serviço de audiodescrição traz informações sobre a casa que é sede do IMS-RJ, projeto do arquiteto Olavo Redig de Campos e sobre os jardins planejados por Burle Marx. E, para a exposição Rio: Primeiras poses, foram criadas cinco pranchas portáteis de relevo. Explora-se com o tato algumas paisagens e construções retratadas nas fotografias.

O “filme europeu” de Jorge Furtado

Real beleza, novo filme de Jorge Furtado, “se tinge de uma melancolia serena, quase exangue, muito distante da vivacidade travessa da filmografia anterior do cineasta, seja no cinema ou na TV, no documentário ou na ficção. Não deixa de ser um gesto de coragem essa virada, esse abandono da chamada “zona de conforto” de uma obra estabelecida e reconhecida”.

Cães

Tentei abrir a boca do cão e tirar de lá de dentro o bicho que já não gritava nem se mexia. Em vão. Desci pro meu quarto com a culpa de ter matado o pássaro – ou pelo menos de ter criado as condições de possibilidade para que isso acontecesse.

Cosme e a memória cinematográfica do mundo

Cosme Alves Netto (1937-96), retratado em Tudo por amor ao cinema, de Aurelio Michiles, foi durante décadas o responsável pela Cinemateca do MAM do Rio de Janeiro. Sua importância no setor só pode ser comparada à do crítico Paulo Emilio Salles Gomes. A trajetória fascinante dessa generosa figura humana é evocada vividamente por meio de um rico material de arquivo e de depoimentos de gente que conviveu com o biografado. Mais que isso: são os próprios filmes que dão vida à história de Cosme.

O Rio desenhado por Cássio Loredano

Caricaturista consagrado no Brasil e no exterior, Cássio Loredano volta-se pela primeira vez para uma cidade no livro Rio, papel e lápis, que será lançado juntamente com a exposição de mesmo nome, no dia 8 de agosto, no IMS-RJ. Em vídeo, Loredano explica o conceito do trabalho, o das construções do Rio, incluindo lugares hoje menos conhecidos – da igreja de Nossa Senhora da Cabeça, escondida no Jardim Botânico, à ponte dos Jesuítas, em Santa Cruz.

Receber e reconhecer Judith Butler no Brasil

Durante mais de 10 anos, Problemas de gênero foi o único título em português de Judith Butler, que desembarca no Brasil no começo de setembro para participar de um congresso acadêmico na UFBA. A vinda da filósofa ao Brasil pode ser uma chance de desfazer leituras equivocadas, como a que reduz seu pensamento à crítica ao binarismo de gênero, sem tomar como político os termos em que a questão se coloca.

Academia.edu, uma comunidade em fluxo

“Comunidade acadêmica” é uma coletividade tão autoevidente quanto infigurável e essa infigurabilidade é incômoda toda vez que a comunidade necessita de algum tipo de representação, de uma voz que a projete publicamente em seu conjunto. Nesse contexto, torna-se particularmente interessante a adesão crescente e o uso cada vez mais dinâmico do Academia.edu, que, no entanto, não está livre de ser capturado pelo que há de mais mesquinho e idiotizante na economia virtual, e deve ser encarado com sobriedade.

Campo de jogo – o futebol entre a poeira e o mito

“A mais sórdida pelada é de uma complexidade shakespeariana”, escreveu celebremente Nelson Rodrigues. De certo modo, Campo de jogo, de Eryk Rocha, é a perfeita tradução dessa ideia em cinema. Trata-se de um ensaio poético em torno do campeonato de favelas do Rio de Janeiro. Longe dos holofotes, dos milhões de dólares da publicidade, o certame das favelas, na ótica de Eryk Rocha, devolve o futebol a seus fundamentos lúdicos, dramáticos e estéticos.

Só pra saber

Se eu fosse uma criança recém-chegada ao Brasil, ia querer saber: Quem foi que pôs Eduardo Cunha na presidência da Câmara? É uma pergunta simples. E eu não ia parar de perguntar até que me explicassem como é que se faz política no Brasil. Votaram contra a corrupção do PT? Então, me expliquem como é que se combate corrupção com corrupção?

Os lugares de Claudia Andujar

O Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro inaugura no dia 25 de julho a exposição Claudia Andujar: no lugar do outro. A mostra lança nova luz sobre a trajetória da fotógrafa de origem húngara ao apresentar trabalhos pouco conhecidos da primeira parte de sua carreira, anterior ao seu envolvimento com os índios Yanomami. Publicamos aqui o texto do curador Thyago Nogueira que abre a exposição.